No seguimento das queixas apresentadas por funcionários da Escola de Ciências (EC), a Universidade do Minho (UM) garante que a segurança no edifício “não está em causa”. Em comunicado, a reitoria e a presidência da EC asseguram que as queixas dos técnicos estão “a ser seguidas em permanência no sentido de se apurarem as verdadeiras causas”.

Depois da explosão que originou um incêndio no laboratório de Química Orgânica, no dia 26 de outubro, foi acionado um plano de remoção de produtos perigosos e de“monotorização da qualidade do ar”, a qual mostrou que apenas dois laboratórios “registaram valores superiores para o parâmetro ‘composto orgânicos voláteis’, algo que estará associada às investigações desenvolvidas nesses locais e não no incêndio”.

A instituição minhota garante, assim, que todos os laboratórios oferecem as condições de segurança e que “não está em causa a segurança das atividades desenvolvidas na Escola de Ciências”.

A reitoria e a presidência da EC explicam, ainda no comunicado, que têm estado a trabalhar para garantir a segurança de todos aqueles que trabalham na escola. A UM adiantou também que o Plano de Segurança Interno (PSI) já foi apresentado e tendo sido entregue uma cópia à Proteção Civil.

O comunicado surgiu depois do Jornal de Notícias ter avançado com diversos artigos sobre este incidente, tendo sido o primeiro órgão social a divulgar as queixas de alergia por parte dos técnicos da EC.

A este propósito, o presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), Carlos Videira, afirma, no jornal Público, que há estudantes que ouviram“rumores de casos de desmaios, alergias e problemas de pele em funcionários e alunos que frequentam aquele edifício”. No entanto, Carlos Videira ressaltou, em declarações à Lusa, que a AAUM ainda não tinha tido conhecimento de qualquer “relato de algum aluno afetado diretamente”.

O movimento estudantil da UM (movimento AGIR) emitiu ontem um comunicado, apelando à tomada de medidas que “salvaguardem, mesmo que preventivamente, os trabalhadores, investigadores e alunos”“Os indícios apresentados, alguns confirmados pela reitoria, são preocupantes o suficiente para não se ficar à espera de um parecer para então depois tomar medidas, se forem confirmadas as suspeitas”, explica o movimento AGIR.

Ainda hoje o Jornal de Notícias avançou com um artigo, onde é referido que os técnicos de laboratório da EC têm sintomas de anemia. Segundo o diário nacional, as análises ao sangue dos técnicos apresentam “valores reduzidos de neutrófilos e de leucócitos, as defesas do organismo”.