Carlos Videira teceu críticas à atuação política, pela “inércia e apatia”, na área da educação e do ensino superior e realçou que as universidades têm vindo a perder autonomia. Na cerimónia da tomada de posse dos novos órgãos de Governo da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), o presidente reeleito criticou os adiamentos sucessivos a uma “discussão séria e ponderada” sobre as instituições de ensino superior.

Carlos Videira mostrou-se, ainda, preocupado com o abandono escolar, no ensino superior. A falta de atuação a nível social – que “não tem critérios justos nem chega a todos os estudantes que necessitam” – condiciona, segundo o presidente da AAUM, os vários alunos que enfrentam, hoje, dificuldades financeiras. “A igualdade de oportunidades e a formação superior dos jovens portugueses estão em causa, sem que muitos se preocupem com isso”, completou.

Numa cerimónia que contou com a presença do reitor da Universidade do Minho, António Cunha, e do representante do Instituto Português do Desporto e Juventude, Ricardo Araújo, o presidente da AAUM prometeu um “apoio personalizado” aos alunos, numa altura em que o desemprego jovem e o desemprego qualificado apresentam taxas elevadas.

O reitor da academia minhota frisou o “mandato muito positivo” da AAUM que terminou, no que respeita às vertentes desportiva e cultural e à ação social, “apesar das dificuldades”, e salientou a importância dos projetos orientados para o bem-estar dos estudantes.

“Honrar” a conquista do primeiro lugar no ranking da Federação Europeia de Desporto Universitário, promover um crescimento consolidado do projeto SC Braga/AAUM e reforçar a ligação dos grupos culturais às cidades de Braga e Guimarães são, segundo o presidente da direção, alguns dos objetivos da AAUM para este novo ano.

Depois das eleições de 3 de dezembro, os novos órgãos de Governo da Associação Académica da Universidade do Minho tomaram, ontem, posse para o mandato de 2014, numa cerimónia que contou com a atuação do Coro Académico da Universidade do Minho.