Uma jovem estudante da Universidade do Minho foi violada e assaltada, quando abandonava o campus de Azurém em direção a casa, no passado dia 28 de fevereiro. Em comunicado, a PJ acrescenta que o autor do crime foi um rapaz de vinte anos, que acabou por ser detido. O detido, sem atividade laboral, já tem antecedentes criminais por crime de roubo.

Apesar do acontecimento ter ocorrido fora das instalações da academia, Carlos Videira, presidente da AAUM, considera que “a reitoria não pode deixar de se preocupar com estas ocorrências, nem se pode demitir de encontrar soluções para aumentar a segurança na sua zona envolvente”.

Este não foi o primeiro incidente com estudantes da Universidade do Minho, nos campi ou nas suas proximidades. Nos últimos três anos, o número de ocorrências nos recintos da universidade aumentou significativamente. “A universidade tem segurança, principalmente, nos portões, mas nos parques de estacionamento, por exemplo, não”, afirma José Matos, aluno de Engenharia de Polímeros. O jovem acredita que este episódio de violação não é um caso isolado, nem será o ultimo.

José Matos frisa que há necessidade de atuar urgentemente, porque “os estudantes têm direito de se sentirem seguros”, não só no interior do campus como nas ruas de acesso às casas dos estudantes.

A responsabilidade legal não é da Uminho. Ainda assim, João Silva, aluno de Engenharia Cívil, atribui à reitoria da universidade um papel crucial na garantia de melhores condições de segurança. “O assalto não ocorreu dentro do campus, contudo é fundamental que a própria universidade atue juntamente com a Câmara Municipal, por exemplo, para que os estudantes sintam que não estão sozinhos”, esclarece o jovem.

Para Carlos Videira, cabe à reitoria, assim como à AAUM, ter “um papel de denúncia, sensibilização e pressão forte junto da autarquia e das forças de segurança”. Apontando como solução o aumento do “número de agentes nas áreas, não apenas durante o dia – como foi anunciado pela Polícia Municipal – mas sobretudo durante a noite”.

“Estou certo de que se a Universidade fizer pressão [junto da autarquia], surtirão resultados muito positivos”, defende o presidente da AAUM.

A direção da AAUM “enviou uma carta há algumas semanas atrás” ao reitor da Universidade do Minho, ao Provedor do Estudante, ao presidente da Câmara Municipal de Braga, ao presidente da Junta de Freguesia de São Victor e ao Comando Distrital da PSP. O objetivo era “agendar uma reunião conjunta entre todas as entidades, de forma a garantir uma maior segurança na zona envolvente ao campus“, revelou Carlos Videira.

No início desta semana, a AAUM foi contactada pela chefe de gabinete do presidente da Câmara Municipal de Braga, no sentido de promover essa reunião “com a maior brevidade possível”.

“Tencionamos fazer o mesmo no que diz respeito a Guimarães e também já solicitamos uma reunião ao Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, à qual infelizmente ainda não obtivemos resposta”, revela, ainda, o presidente da AAUM.

A segurança dos estudantes da Uminho é uma das preocupações da AAUM. A Associação tem promovido inciativas como o “Campus em Segurança” ou sessões de sensibilização dos agentes da PSP, no momento de acolhimento aos novos alunos.

Alexandra Campos
Joana Delgado