Estudantes mostram-se recetivos e sensibilizados com dádiva de sangue
Realizou-se hoje, 25 de março, mais uma campanha de Dádiva de Sangue na Universidade do Minho (UM), com várias unidades de doação espalhadas pelo campus de Gualtar. A primeira dádiva de sangue do semestre registou um “balanço positivo”, como afirmou o vice-presidente do Departamento Social da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM).
André Santos referiu que o número de dadores está ao “nível do que era habitual” nas dádivas anteriores, mas salienta que os estudantes, os docentes e os funcionários da UM “contribuem e sentem-se motivados a participar nesta atividade”.
Para o vice-presidente do Departamento Social, esta iniciativa é importante para manter a “cultura da dádiva” que já está enraizada na academia, e recordou que, para além das duas grandes dádivas durante os dois semestres do ano letivo, nos campus de Gualtar e de Azurém, existe também uma unidade móvel nos campi a fazer recolhas de sangue uma vez por mês.
André Santos referiu ainda que, devido aos acontecimentos recentes no país, esta dádiva teve uma “importância acrescida”. Nos últimos meses, registou-se uma quebra no número de colheitas de sangue que afetou as reservas de sangue do país, o que resultou num apelo urgente à população para que se deslocasse aos centros de colheita e aos postos de recolha. Segundo André Santos, “as pessoas são consciencializadas para a importância que este pequeno gesto pode ter e a grande diferença que pode fazer na vida das outras pessoas”.
Inquiridos pelo ComUM, alguns dos dadores revelaram-se muito recetíveis à iniciativa da dádiva de sangue no campus e classificaram o ato como algo primordial nos dias que correm. “Era algo que devia ser um dever do cidadão”, afirmou Vânia Luso, estudante de Línguas e Literaturas Europeias.
Tendo a UM uma boa reputação a nível de ranking neste tipo de iniciativas, Inês Martins, estudante de Ciências da Comunicação previu que a iniciativa teria uma boa adesão por parte de todo o corpo académico uma vez que “nas notícias costuma aparecer que a Universidade do Minho é das universidades que mais contribui com sangue”. Sendo esta a primeira vez que deu sangue, Inês revelou que este era um objetivo a realizar assim que atingisse a maioridade e que, apesar do seu medo de agulhas, é preciso colocar os medos de lado em prol dos outros.
Já Diana Dias, aluna de Direito, classifica o tratamento que recebeu como excelente. “As pessoas que aqui nos recebem fazem-no de uma maneira acolhedora e fazem-nos sentir bem com a atitude que tomamos. Além disso, dão-nos conselhos sobre aquilo que devemos fazer nas horas que decorrem a seguir à recolha e mostram-se disponíveis caso algo não esteja bem”, explicou.
A UM regista, desde 2002, o maior número de dádivas de sangue a nível nacional, liderando o ranking de Dadores Inscritos em Instituições de Ensino Superior, sendo a instituição que mais dadores inscritos fornece por ano ao Centro Regional de Sangue do Porto.
Esta ação foi levada a cabo pelos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho (SASUM) e pela AAUM, em cooperação com o Instituto Português do Sangue e o Centro de Histocompatibilidade da Região Norte.
Andreia Cunha
Tânia Ferreira