Luís Viana: “Ainda me restam uns sete anos pela frente”
Numa conferência de imprensa realizada esta quarta-feira, no Pavilhão Municipal de Monserrate, Luís Viana abordou a sua longa e premiada carreira e também o percurso da Juventude de Viana nesta época. Além disso, Viana deixou um desejo: quer continuar a pisar o ringue por mais algumas épocas. Sete, para ser mais exato.
Aos 37 anos, Luís Viana é um dos jogadores em foco no campeonato nacional de Hóquei em Patins. O regresso à Juventude, o clube da sua terra, que subiu este ano à 1ª Divisão, tem-se mostrado frutífero. Na sequência da brilhante época da equipa vianense, que se encontra atualmente na quinta posição, o atleta tem-se destacado e lidera a tabela de melhores marcadores do campeonato.
O avançado mostrou-se bastante satisfeito com o percurso atual do clube vianense, afirmando que os objetivos passam não só pela (já garantida) manutenção, mas também por criar uma estrutura que permita ao clube permanecer numa posição estável. “Tenho vindo a adaptar-me muito bem, num grupo que está a crescer de dia para dia e com uma direção com ideias bem traçadas”, sustentou o jogador.
“O balanço tem de ser positivo, estamos acima das nossas expectativas iniciais”
Quando questionado sobre as atuais expectativas da Juventude, Luís Viana sublinhou a importância de “ganhar o próximo jogo, trabalhar bastante durante a semana e dar bons espetáculos”, garantindo que o balanço feito até ao momento é positivo. Para o atleta minhoto, “o lugar da Juventude é na primeira divisão e é na primeira divisão que deve estar”. “Não nos podemos esquecer do papel da Juventude no panorama do hóquei em patins nacional”, afirmou.
Em termos pessoais, Luís Viana expressou o seu desejo de continuar a ajudar o clube a conquistar vitórias, fazendo com que o pavilhão fique cada vez mais cheio para assistir aos jogos da Juventude. Apesar de ser o melhor marcador do campeonato, o jogador minhoto não dá muita importância a esse facto. “O mais importante é que os golos sirvam para a Juventude continuar a crescer. O objetivo pessoal nunca se pode sobrepor ao coletivo”, salientou.
Para Luís Viana, o trabalho que realiza é apenas uma parcela que, aliada a outras, faz com que os bons resultados sorriam à equipa da Juventude de Viana. “O que importa é o resultado coletivo que os meus golos ajudam a construir, que as defesas do nosso guarda-redes ajudam a construir e que a equipa técnica e direção nos ajuda a conseguir”, explicou o avançado goleador.
“Jogar na Juventude é diferente, o ambiente que se vive é dos melhores que se pode pedir”
No ano de regresso da Juventude ao escalão principal do hóquei em patins, Luís Viana deixou o Benfica, após ter sido campeão europeu, para voltar a casa. O avançado garante que, apesar de a equipa vianense ter subido esta época, já esperava uma boa prestação. “Tinha um feeling que isto ia acontecer, mas se calhar não esperava tanto”, afirmou.
Vencedor do troféu Consagração na Gala “O Minhoto” deste ano, Luís Viana gostou de ter sido galardoado, mas relativiza os prémios individuais. Segundo o jogador, o que o move é a paixão pelo desporto. “Gostar tanto do hóquei leva-me a entrar em campo com vontade de jogar, de ser um exemplo para os meus colegas”, atirou o atleta.
Por fim, um olhar ao futuro. Irá Luís Viana terminar a carreia na Juventude de Viana? À pergunta, o jogador respondeu com um sorriso. Depois, admitiu que ainda é cedo para pensar nesse assunto. “Ainda me restam uns sete anos pela frente e a minha experiência diz-me que não adianta fazer projetos futuros, importa, sim, viver o presente”, concluiu.