Muro que causou três mortes já acusava instabilidade
A inclinação do muro que motivou um acidente junto à UM era visível há pelo menos cinco anos. Em 2009, os administradores do condomínio do prédio situado em frente à estrutura alertou a autarquia bracarense para o perigo de desmoronamento. Nos últimos cinco anos a estrutura não sofreu qualquer intervenção. A carta emitida pelos condóminos à CMBraga foi partilhada por João Paulo Mesquita, antigo adjunto do Gabinete Pessoal do Presidente da Câmara Mesquita Machado, na sua página de facebook.
Também em 2012, o JN noticiou a preocupação de moradores e comerciantes da Rua Vilar relativamente à instabilidade do muro.
Estes dados vêm contrariar as declarações prestadas pelo actual presidente da CMBraga, que afirmou não ter conhecimento de queixas que apontassem para a insegurança da estrutura. O terreno onde estava situado era camarário, no entanto a propriedade do muro está ainda por confirmar.
O muro que vitimou acidentalmente os três estudantes tinha cerca de dois metros de altura e servia de suporte para caixas de correio. Para já, o que resta da estrutura será alvo de uma peritagem por parte de técnicos do departamento de engenharia da Universidade do Minho, no sentido de averiguar as causas do acidente e eventuais responsabilidades.
A zona do acidente ficará isolada até decisão autárquica.