O Braga Music Week (BMW) começou ontem a “inundar Braga de música”. Esta segunda edição decorrerá durante uma “semana de nove dias”, cheia de música mas, também, com espaço para quizz nights, ciclos de cinema e feiras urbanas.

A edição deste ano da BMW apresenta diversas novidades em relação à edição passada. As quizz nights, o cinema e as feiras urbanas passam a integrar a programação, tornando esta “mais rica e diversificada”, segundo o membro organizador da BMW, Mariana Volz. Mariana pertence à MOOH!, que em parceria com a NAAM e a Xerifes&Cáboys, organiza este festival, num evento que procura ser uma “sinergia entre vários agentes culturais e espaços da cidade”. O objetivo foi “pegar no que bom já se faz na cidade e integrar num produto forte, coerente e unificador”, explicou Mariana.

Mas não só de música se faz o BMW. Embora esta seja a atração principal, para Mariana Volz, o cartaz é “excelente”. Nomes como Mão Morta, Fachada ou Sequin integram o programa, assim como muitos projetos emergentes e com pouca projeção. Este projeto assume-se como uma “plataforma de novos talentos” cujo objetivo passa, também, por “dar a conhecer novos projetos da cena musical que estão a surgir no momento”, disse ao ComUM outro membro da MOOH!, Maria Ribeiro.

Desta forma, atuam, hoje, no centro histórico, os talentos locais num palco móvel. A ideia deste palco é que as pessoas o sigam, enquanto ele percorre o centro histórico da cidade. Esta é, segundo Mariana, “uma forma diferente de chegar às pessoas, e de celebrar o dia mundial do turismo”, ajudando, também, a “dinamizar os comerciantes locais e a restauração local”, revelou Maria Ribeiro.

Aquando da estreia deste festival, as primeiras melodias puderam ser ouvidos no Insólito Bar, por cerca de duas centenas de pessoas. A noite contou com a presença dos TOT, Quelle Dead Gazelle, Memória de Peixe e, ainda, com o DJ Quesadilla e Ermo em formato DJ Set. O guitarrista dos lisboetas Quelle Dead Gazzelle, Pedro Ferreira, avaliou de forma positiva a passagem por Braga, tecendo elogios ao público nortenho: “os públicos são sempre melhores no norte”. Em relação à BMW e à sua organização considera “importante o pessoal continuar a insistir e continuar a fazer este tipo de coisas, mesmo que não haja muitas pessoas para ouvir”, sendo de louvar este tipo de eventos fora dos grandes centros urbanos.

A organização da BMW já pensa na próxima edição e com ideias de crescer: “precisamos de mais, queremos mais e a cidade precisa de mais”, sublinhou Mariana. No entanto, para isso, a organização precisa de atrair o apoio das marcas e da Câmara Municipal de Braga.

Reportagem: Gonçalo Costa

Edição de som: Carolina Gomes