Dan Brown chega ao sexto livro, o quarto protagonizado pela personagem Robert Langdon, com mais um best-seller impossível de deixar de lado. Chegado às prateleiras portuguesas a 10 de julho de 2013, a operação de marketing em volta deste livro foi surpreendente. Juntamente com o original em inglês foram lançadas as traduções brasileiras, francesas e italianas depois de os tradutores terem estado isolados em “bunkers” secretos e trabalhado 7 dias por semana para evitar fugas de informação.

E tamanho secretismo em volta de “Inferno” só podia prever uma grande história

A história começa com o eterno protagonista Robert Langdon, um conceituado professor de simbologia em Harvard. Robert acorda num hospital italiano com um caso de amnésia, onde a última coisa que se lembra é sair da universidade de Harvard a mais de 5000 kilómetros de distância. Com a ajuda duma misteriosa médica inglesa chamada Sienna Brooks, Robert irá tentar descobrir o que lhe aconteceu e porque é que existe uma organização de nome “Consórcio” atrás dele com o intuito de o matar.

Desta vez o mote por detrás do best seller do sempre polémico Dan Brown é a sobrepopulação e um grupo extremista determinado a ir até ao fim para a pararem. Não é difícil adivinhar, ao olharmos para o título, que Brown baseia a sua obra no clássico dos clássicos “Inferno”, da Divina Comédia de Dante, aparecendo inúmeras referências a passagens ou a peças de arte baseadas no próprio.

Se já se encontrou com Dan Brown anteriormente, irá, com certeza, reconhecer a sua fórmula de escrita, que é infelizmente usada na maioria dos seus livros. Apesar de ser uma história interessante cheia de reviravoltas, não deixa de criar um déjà vu nos conhecidos de Dan Brown.

Apesar de nos deixar com um final um pouco decepcionante, em suma, este livro é um must para todos aqueles que não se importam de segurar um livro durante horas. Dando uso a uma descrição quase cinematográfica e recorrendo às constantes reviravoltas na narrativa, cada capítulo leva-nos na direção oposta do que esperávamos.

Dan Brown prova com “Inferno” que continua a merecer o título de mestre do suspense. E faz-nos aclamar por mais uma aventura de Robert Langdon.