Vitória SC passa teste em Moura
O Vitória Sport Clube seguiu para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal, vencendo, fora de portas, o Moura AC por 0-2. A formação vimaranense confirmou o favoritismo perante um adversário que milita dois escalões abaixo, cumprindo a sua missão com relativa tranquilidade.
Rui Vitória prometera seriedade máxima dentro das 4 linhas para evitar dissabores, cumprindo com a sua parte ao colocar em campo o melhor onze disponível – tendo havido apenas uma troca por opção, com Bernard a ceder o lugar a Hernâni.
Do outro lado da barricada estava um Moura Atlético Clube disposto a contrariar os taxativos vereditos das casas de apostas, inspirado naquela tarde de 2011 em que esteve perto de gelar Guimarães (Soudani resolveu aos 117´).
O 7º classificado da série H do Campeonato Nacional de Séniores viria mesmo a resistir durante 65´ minutos de intensa luta e disponibilidade, justificando a romaria dos adeptos locais ao recinto – que registou a maior enchente das últimas décadas.
Durante uma primeira parte disputada ao limite, onde as diferenças de escalão entre as equipas se diluíram ao máximo, houve a registar apenas dois incidentes que originaram alterações prematuras: no lado do Vitória, Cafú foi adaptado ao eixo da defesa para substituir um Defendi com queixas musculares – talvez a única má notícia da tarde para os minhotos, que podem assim perder uma figura de proa da equipa.
O intervalo trouxe uma equipa visitante mais determinada a fazer vingar o seu estatuto, após 45 minutos amorfos. Já com a pérola Bernard em campo, por troca com Bouba Saré – mexida de cariz eminentemente ofensivo -, os vimaranenses assumiram por completo a batuta do encontro. Desta forma, foram mantendo os irrequietos alentejanos, mais distantes da baliza à guarda de Assis – apenas o possante David causou algum frisson à passagem do minuto 47.
Tomané ameaçou ao minuto 55, mas o poste negou-lhe o golo. Dez minutos mais tarde, o volume de jogo ofensivo do Vitória viria a dar frutos. Curiosamente, não foi um jogador vestido de branco e preto a abrir a “Caixa de Pandora”, mas sim um homem do Moura. Anselmo, na sequência de um canto, acabou por empurrar a bola para a própria baliza.
Alcançado o tão desejado e tranquilizador golo, os “Conquistadores” preocuparam-se doravante em conservar a vantagem com bola, resfriando o ímpeto de uma possível resposta dos pupilos de Bruno Ribeiro.
Foi nesta toada que a eliminatória viria a ser resolvida, contribuindo para isso também a queda nos índices de coesão e concentração de um adversário visivelmente abalado pelo golo. O veloz e irreverente Hernâni aproveitou o espaço concedido para desequilibrar e “cavar” um penalty. O capitão André André converteu com toda a frieza e eficácia, aumentando o marcador para 0-2 – números que só não foram mais dilatados porque Igor negou brilhantemente o golo a Ricardo, com duas defesas dignas de registo.
Ultrapassados os alentejanos, o Vitória SC continua a tradicional caminhada rumo ao Jamor, onde já marcou presença em 2011 e 2013.