A história de um galo que assaltou o trono
Humildade, boa-disposição, rigor e trabalho. Estes adjetivos podiam definir a cultura do Basquete Clube de Barcelos. Percebemos isso mal colocamos os pés dentro do Pavilhão da Escola Secundária de Barcelinhos, oficina dos atuais líderes invictos da Liga Portuguesa de Basquetebol e finalista vencido na final do Troféu António Pratas.
Já entranhados pelo perfume nostálgico do recinto, vislumbramos Marco Loncovic, uma das incontornáveis figuras da turma minhota e um dos principais responsáveis pelo desempenho totalmente vitorioso dos barcelenses no campeonato. Já equipado, o jogador sérvio senta-se numa cadeira e, sereno, observa o treino de uma das equipas de formação, esperando pela hora de pisar o terreno de jogo.
Poucos minutos mais tarde, chega o timoneiro José Ricardo Rodrigues, acompanhado de grande parte do plantel. Afável, o treinador da formação minhota não perdeu tempo, respondendo sem reservas às nossas questões.
Quando confrontado com o atual momento de forma da equipa, o treinador minhoto realçou a importância da pré-época, ressalvando que esse é o grande segredo para o início auspicioso de temporada. No entanto, o comandante da turma barcelense garante que o grupo irá continuar a trabalhar com rigor e sem entrar em euforias, destacando que o objetivo primordial passa por garantir a manutenção.
Já com o plantel pronto para iniciar mais um treino, fomos ao encontro de Rui Coelho, um dos elementos mais influentes do atual elenco. Visivelmente bem-disposto, o jogador português destacou a união do grupo, alinhando o discurso com o do seu treinador na hora de apontar os objetivos para a nova temporada: o BC Barcelos vai batalhar jogo-a-jogo, sempre com a manutenção no horizonte.
O presidente do BC Barcelos, Mário Horta, mostra-se bastante agradado pelo bom início de temporada, lamentando apenas o desaire diante do Benfica, na final do Troféu António Pratas. Apontando ao futuro, o líder máximo dos barcelenses deseja possuir as condições necessárias que lhe permitam apostar de forma clara na formação do clube, já que reconhece que as camadas jovens não estão no nível pretendido pela direção que preside.
A caminhada barcelense continua este sábado, num jogo frente ao Maia Basket, outra equipa que venceu todos os jogos. No entanto, a cultura de trabalho de um clube organizado, que sabe qual o rumo que tem de percorrer para atingir os objetivos a que se propõe, tem definido que, aconteça o que acontecer, o grupo não perderá o sorriso e a essência. Com ou sem o trono.
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Reportagem: Nuno Leite
Edição e Produção: João Pereira | Gonçalo Costa