A apresentação de candidaturas para a eleição do novo provedor do estudante já está em curso. Ao ComUM, o atual provedor da UMinho, António Paisana, fez um balanço positivo do último mandato, que termina já no próximo mês.

O atual provedor do estudante da UMinho, António Paisana, mostrou-se satisfeito com o trabalho realizado durante os últimos quatro anos: “Penso que correspondeu ao que se podia inferir no início com a criação deste posto”.

Para António Paisana, um dos desafios deste órgão é a capacidade de “argumentar com o estudante e com as pessoas da instituição”. Mas o maior problema de todos é “lidar com comportamentos difíceis de decifrar”, explica o professor.

Muitos dos estudantes minhotos abordados pelo ComUM desconhecem o papel que António Paisana desempenha em prol da comunidade académica. Joana Rafaela, aluna do 2º ano de Filosofia, disse não saber “identificar quem exerce o cargo de provedor do estudante na UMinho”.

O provedor do estudante é um mediador entre os estudantes e a instituição de ensino. António Paisana afirma que o foco deste cargo é “defender e ajudar todos os estudantes que o procuram”, apreciando as queixas, reclamações ou participações realizadas no contexto da universidade.

Para Cristina Valente, aluna do 2º ano de Filosofia, “um provedor do estudante tem como função resolver os problemas dos alunos dentro da instituição”. Uma ideia corroborada por Ana Martins, aluna do 1º ano de Ciências da Comunicação, ao reconhecer que esta figura de regulação “promove os interesses dos alunos”.

António Paisana afirma ter “recebido e tratado mais de 500 processos”, durante o seu período de atividade. “Maioritariamente, os casos referentes ao último ano letivo, foram relacionados com a avaliação, equivalências e creditações, assim como casos de acesso e transferências”, explica.

Esta sexta-feira, a UMinho acolheu o IV Encontro Nacional de Provedores do Estudante, que contou com a presença de provedores de várias universidades e politécnicos do país, entre os quais, António Paisana. O atual provedor da academia minhota descreveu o evento como um “encontro nacional muito participativo, em que o objetivo principal foi o de partilhar experiências, no sentido de um melhor entendimento e afirmação do papel e do impacto do posto”.

Deste encontro resultou a criação de um manual de boas práticas, através da partilha da experiência. “Iremos ter um relatório final sobre as principais contribuições, que incluiu uma proposta para a criação de uma plataforma informática para partilha de dados e informações”, explicou António Paisana.

O processo de eleição do provedor do estudante está em curso até dia 15 de dezembro e cabe aos estudantes minhotos escolher o novo representante. António Paisana está tranquilo em relação à escolha: “Penso que fui deixando algumas ideias sobre o que é que tem sido este cargo aqui na Universidade do Minho, e também as competências que, na minha opinião, melhor se adequarão ao exercício do mesmo”.

A pouco mais de um mês do fim do processo de escolha do novo provedor, os estudantes da academia minhota ainda não estão familiarizados com este mecanismo, de acordo com aquilo que o ComUM apurou junto de vários alunos.

 

Ana Cardoso

Andreia Cunha