Daniel Rodrigues, fotógrafo e natural de Riba de Ave, retrata, na sua mais recente exposição na Casa das Artes, em Vila Nova de Famalicão, o dia-a-dia dos Awá Guajá.

A tribo indígena representada vive na Floresta Amazónica, no estado brasileiro do Maranhão e está dividida em quatro aldeias: Awá, Tiracambú, Juriti e Guajá. A comunidade que quotidianamente luta pela sobrevivência, é ajudada por algumas instituições que concedem roupas e alguns utensílios para uma vida diária mais facilitada. O objetivo desta tribo é, essencialmente, o de proteger as árvores da floresta amazónica, bem como encabeçar as expedições pela floresta.

Daniel Rodrigues, vencedor do prémio da categoria “Daily Life” (vida quotidiana) do World Press Photo em 2013, espelha nesta exposição fotográfica a tribo mais ameaçada do mundo. Em abril de 2014, Daniel Rodrigues estava no Brasil a fazer um trabalho sobre o Mundial de Futebol para o semanário Expresso, quando decidiu viver “uma experiência inesquecível”, disse o próprio. O jornalista afirmou ainda que durante três semanas viveu uma realidade que não era a dele, uma realidade completamente diferente daquela que estamos habituados a ver. O freelancer tentou não se aproximar muito, de forma a captar a essência da tribo constituída por mais de 400 pessoas.

O trabalho, intitulado “Awá Guajá – A luta pelas origens”, mereceu já a distinção da crítica internacional, tendo recebido duas menções honrosas. A primeira, no “Moscow International Photo Awards”, na categoria de “Photo Essay” e a segunda, no “Photo Contest NDAwards”, na categoria de “Photojournalism/Story”.

A exposição está aberta ao público até ao dia 31 de janeiro. A entrada é gratuita.