A cidade do Porto recebe este ano, na 35.ª edição, um dos mais prestigiados festivais de cinema da Europa – o Fantasporto. São dez dias de festa, de 27 de fevereiro a 7 de março, onde produtores, realizadores, atores, distribuidores e público se fundem num programa multifacetado e onde o género Fantástico se sobressai. São apresentadas dez secções, sendo quatro delas competitivas e com júris internacionais próprios, que se alimentam das mais recentes produções mundiais, quer sejam curtas ou longas-metragens.

A 35.ªedição do Fantasporto vai contar com sete curtas-metragens de alunos de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho. “Fruits”, de Norberto Valente e Tomás Soveral; “Wander”, de Ana João Oliveira, Inês Carrola e Marta Roda; “Le Ballon Rouge”, de Ana Lourenço, Ana Machado, Mélanie Alves e Regina Rocha; Âncora, de Bruno Ferreira; “Ramerrame”, de Joana Jorge e Mariana Santiago; “We Sleep”, de Alexandre Vale e “Juros Composto”, de Ive Machado, Andrielle da Rosa e Martin Marinelli, serão os filmes exibidos no Fantasporto.

As curtas-metragens dos alunos da Universidade do Minho concorrem ao “Prémio Cinema Português – Escolas de Cinema” e serão exibidos no dia 5 de março, pelas 17h30, no Teatro Rivoli.

Tal como em outros anos, os jovens da Universidade do Minho decidiram concorrer por ser, segundo Alexandre Vale, aluno do 3º ano de Ciências da Comunicação, “uma oportunidade de aprendizagem”. O professor e realizador Martin Dale afirma, inclusive, que os alunos da Universidade do Minho “[têm] conseguido uma qualidade crescente”.

Também Mariana Santiago, aluna do 3.ºano, concorre pela primeira vez com uma curta que retrata a vida de dois casais, onde cada um dos membros se sente pouco amado e tenta encontrar refúgio ao lado de outros parceiros. Mariana sente-se satisfeita e afirma já ser “bastante bom a curta ser exibida no festival”. As expectativas não são muito altas porque “concorrem outros trabalhos excelentes, tanto do nosso curso como de outras escolas”, afirmou.

Para Bruno Ferreira, aluno de mestrado em Cinema e Televisão, o festival não é uma experiência nova: “esta será a terceira vez que um projeto meu participa no Fantasporto e será também a terceira vez que vou ao festival assistir a algumas exibições”. O estudante diz ter gostado imenso das experiências anteriores, principalmente porque pode “ver o que outras escolas ou universidades estão a produzir e, de certa forma, como estão a evoluir”.

 

Curtas dos alunos da Universidade do Minhho

1. Jango de Norberto Valente e Tomás Soveral


 2. Wander de Ana João Oliveira, Inês Carrola e Marta Roda

Curta-metragem stop-motion que relata a história de uma rapariga que foi atropelada, e tanto o namorado como o espírito dela vagueiam pela cidade.        


3. Le Ballon Rouge de Ana Lourenço, Ana Machado, Mélanie Alves e Regina Rocha

A história é sobre uma rapariga cuja única companhia é o seu balão vermelho. O resto do mundo está a preto e branco porque ela se sente só. Tudo muda quando encontra alguém que a compreende e tal é perceptível pela mudança das cores do cenário.


4. Âncora de Bruno Ferreira

Esta curta-metragem fala sobre um homem que todos os dias acorda procurando uma “Maria” e a história desenrola-se em torno da sua busca por ela.

5. Ramerrame de Joana Jorge e Mariana Santiago

Rodrigo e Sofia e Pedro e Lia são dois casais que se conhecem nas mesmas circunstâncias. Apaixonados, começam uma relação. Passados alguns meses, as suas relações estão desgastadas pela rotina e pela diferença de interesses e de ambições. Será que estes casais superarão as suas diferenças?

6. We Sleep de Alexandre Vale

A curta serve como uma crítica e uma sátira ao Ensino Superior, tendo como base uma homenagem/adaptação de uma das cenas mais icónicas do filme “They Live”, de John Carpenter, ao contexto universitário.

 7. Juros Composto (Biston Betularia) de Ive Machado, Andrielle da Rosa e Martin Marinelli

Tentativa de um retrato sincero sobre qualquer coisa.