“A influência dos media na tomada de decisão na União Europeia” (UE) foi discutida na terça feira, 10 de março, no Instituto de Ciências Sociais. Na conferência, as culturas jornalísticas europeia e portuguesa foram debatidas por Luís Santos, docente da UMinho, e por André Rodrigues, vereador do Município da Póvoa de Lanhoso, que teceram duras críticas aos órgãos de comunicação social. 

“Ouvimos sempre falar das coisas negativas quando falamos da UE, mas nunca ouvimos falar das iniciativas positivas”. André Rodrigues criticou os media europeus por transmitiram mensagens incoerentes e incompletas sobre a União Europeia. O vereador da CM da Póvoa de Lanhoso afirmou ainda que os meios de comunicação “mostram as notícias cada vez mais tristes”, logo os cidadãos, influenciados por estes órgãos, têm uma visão cada vez mais negativa da UE.

Luís Santos teceu duras críticas à instituição europeia pela utilização ineficaz da comunicação. Para o docente de Ciências da Comunicação, a União Europeia não tem vindo a realizar um bom trabalho comunicacional, portanto a tarefa dos órgãos de comunicação social é completar a falta de informação proveniente da UE. “Há programas e atividades feitas pela UE que ninguém conhece, logo os media deviam contar essas histórias e diminuir a importância dada às cimeiras e conferências”, explicou.

O docente da Universidade do Minho esclareceu ainda que a fraca participação dos cidadãos na União Europeia se deve à escassa e inexplicada informação sobre a instituição política. “Os cidadãos ficam confusos porque a mensagem é confusa, logo pensam que não há transparência na União Europeia e nas tomadas de decisão”.

Perante as críticas apresentadas, Luís Santos concluiu que a União Europeia necessita de “deixar de falar de finanças, de maneira a dar aos cidadãos horizontes de esperança”.

A conferência  foi organizada pelo Grupo de Alunos de Ciências da Comunicação da UMinho (GACCUM) e pelo European Student Think Tank.