No passado sábado, dia 25 de abril, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) inaugurou duas exposições: uma com autoria do artista Vasco Araújo, outra com a autoria de José de Guimarães.

De novo a mostrar a sua arte neste centro, Vasco Araújo deixa “A Composição do Ar” e lança “Demasiado pouco, demasiado tarde”. Tal como tem sido comum ver ao longo do seu espólio expositivo, o assunto centra-se na dinâmica entre o domínio colonial europeu e o homem enquanto membro submisso. Neste caso em concreto, transporta para o cinema, escultura, pintura, entre outras áreas, numa tentativa de explorar o mundo das tensões, desejos, afetos em fusão com uma vertente crítica.

Nascido na cidade-berço, José de Guimarães expõe também no centro de seu nome, com o tema “Impérios do Fim”. Desta vez, marcado pela variedade técnica, o artista e colecionador conjuga a arte europeia de cariz popular com as influências africanas que retirou da sua estadia em Angola, entre 1967 e 1974. Ao contrário do ciclo anterior, aqui apresentam-se pinturas de grandes dimensões. O dia de inauguração pretendeu, de acordo com o CIAJG, proceder com a abertura desta exposição precisamente pela comemoração dos 41 anos do 25 de abril.

Esta abertura foi antecedida por uma conversa no âmbito da obra de Vasco Araújo. Aí, marcaram presença o próprio artista, José Guimarães, Isabel Carlos, diretora do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, de Lisboa, Inês Valle, curadora da Bienal de Lagos, da Nigéria, e Nuno Faria, diretor artístico da mesma instituição.

Ambas exposições encontram-se expostas até ao dia 5 de julho, no CIAJG, de terça-feira a domingo, das 10h00 às 19h00. O preço da entrada varia entre os dois euros e os quatro.