Zé Luís deixa SC Braga mais perto do Jamor
O SC Braga está com um pé na final da Taça de Portugal, depois de ter derrotado o Rio Ave, na primeira mão das meias-finais, por 3-0. O avançado cabo-verdiano Zé Luís, que havia bisado no triunfo frente ao Gil Vicente, na jornada anterior do campeonato, voltou a ser decisivo, ao apontar os três golos da equipa minhota.
Objetivo Jamor, parte dois. Depois de o Rio Ave ter sido desmancha-prazeres na época passada, roubando ao SC Braga o acesso às duas finais das taças nacionais, os minhotos voltaram a colocar a presença na final da Taça de Portugal no topo das prioridades. E a questão passou a envolver também o orgulho ferido a partir do momento em que o sorteio deixou, de novo, o Rio Ave no caminho bracarense.
Ora, hoje, o SC Braga não deixou os créditos em mãos alheias. Vestiu o equipamento de combate, preparou-se para a luta, encheu o peito, cerrou os dentes e declarou guerra ao rival. Zé Luís personificou o espírito guerreiro, prolongou o estado de graça alcançado em Barcelos e, com a concretização do primeiro “hat-trick” da carreira, aumentou – e muito – as probabilidades de o SC Braga estar presente no Jamor.
Mais rápido, mais ágil, mais intenso, enfim, mais dominador, o SC Braga tomou conta do jogo, teve a bola e manietou o adversário. O Rio Ave teve pouco espaço, nunca se conseguiu superiorizar e poucas vezes se aproximou da baliza de Kritciuk. A expulsão de André Vilas Boas ao intervalo, depois de se ter envolvido numa picardia com Rúben Micael, já com 2-0, fez desabar, de vez, as esperanças vila-condenses.
Aliás, o triunfo do SC Braga ficou decidido ainda na primeira parte. Em dois atos, com Zé Luís como protagonista: aos 16 minutos, desviou para a baliza de Ederson um remate de Pardo – que hoje regressou à equipa titular, em detrimento de Pedro Santos – e, aos 27’, apontou o segundo golo, recebendo na coxa, após assistência de Rúben Micael. A perder e com menos um jogador, o Rio Ave nunca teve capacidade para sair da casa dos horrores.
A segunda parte confirmou a superioridade demonstrada pelo SC Braga, traduzida em mais um golo, de novo apontado por Zé Luís, desta vez num desvio oportuníssimo ao primeiro poste, após um canto de Pardo. A noite memorável do cabo-verdiano deu aos minhotos uma boa margem de conforto para o jogo da segunda mão, que não foi mais alargada porque o guarda-redes Ederson impediu mais golos.