O sonho acabou nos penalties. O Sporting de Braga perdeu diante do Sporting, nas grandes penalidades (1-3), depois de ter empatado a duas bolas, ao fim de 120 minutos de encontro. A equipa minhota esteve a vencer por 2-0 e jogou grande parte da partida com um jogador a mais, mas não foi capaz de segurar a conquista daquela que seria a segunda Taça de Portugal do seu historial.

No início do encontro, apesar do equilíbrio ter sido a nota dominante, o Sporting entrou com maior predisposição ofensiva, assumindo as incidências do encontro e o controlo da posse de bola. No entanto, aos 15 minutos de jogo, tudo mudou.

Grande arrancada de Djavan e Cédric a derrubar, em falta, o brasileiro na grande-área. Penalty e expulsão de Cédric. Na conversão da grande-penalidade, Éder não vacilou e colocou o Braga em vantagem para o delírio dos adeptos presentes no Estádio do Jamor.

Após o golo, o Sporting ainda tentou esboçar uma reação mas aos 25 minutos, a equipa orientada por Sérgio Conceição aumentou a vantagem. Canto do Sporting, a defensiva bracarense corta para a frente e Rafa, aproveitando a displicência de Miguel Lopes, desarma o jogador leonino, entra na área e bate pela segunda vez o desamparado Rui Patrício.

A vencer por 2-0, os jogadores minhotos ofereceram a iniciativa da partida à equipa sportinguista, mas a formação orientada por Marco Silva nunca conseguiu materializar o domínio em golo. Assim, seria neste tónico que o encontro chegaria ao intervalo, com uma vantagem que parecia ser decisiva para o resto do desafio. Puro engano

No início do segundo tempo, o Braga conseguiu neutralizar as peças mais influentes do conjunto sportinguista, demonstrando enorme concentração ao nível do posicionamento dos seus jogadores. Desta forma, o Sporting só foi capaz de criar algum perigo aos 75 minutos, quando num cruzamento para a área, Slimani salta mais alto que os defesas minhotas e atira para uma grande intervenção de Kritciuk.

No entanto, a equipa leonina não baixou os braços e a sete minutos do fim, relançou a partida. Kritciuk sai disparatadamente da baliza e a bola sobra para Slimani que, perante o mau posicionamento do guarda-redes russo, atirou para o fundo das redes da baliza arsenalista.

Galvanizados pelo golo, os jogadores leoninos foram em busca do empate, tentando aproveitar os momentos de maior desconcentração da equipa bracarense. E foi isso que acabou por acontecer. Cruzamento longo para a grande-área, Aderlan Santos falha o tempo de salto e Fredy Montero, com alguma atrapalhação à mistura, empatou o jogo, levando a partida para um inesperado prolongamento.

Já no prolongamento, foi o cansaço que pautou a o tempo extra. Ainda assim, o Sporting esteve bastante próximo de fazer o terceiro golo quando Nani, num remate cruzado de fora de área, fez passar a bola junto ao poste da baliza arsenalista.

Até final do tempo extra, ainda houve tempo para a expulsão de Mauro e para um remate perigoso de Salvador Agra, mas as grandes penalidades acabaram por ser uma realidade.

Na conversão dos castigos máximos, o Sporting de Braga falhou duas grandes penalidades o que, perante a eficácia da equipa leonina (converteu os três penalties a que teve direito), acabou por deitar por terra as aspirações bracarenses em conquistar o troféu, 49 anos depois.