A quinta edição do ‘Guimarães Noc Noc’ decorreu no fim de semana passado, pelo centro da cidade. Este evento integrou 68 espaços, nos quais, mais de 400 artistas apresentaram cerca de 200 projetos, desde exposições de fotografia a performances de dança e a artes plásticas.
No passado dia 3 de outubro, o público presente era muito diversificado, desde crianças a idosos. A temperatura era amena. Entre outros locais, as diferentes iniciativas tiveram lugar no Largo do Toural, no Museu Alberto Sampaio, na Plataforma das Artes e da Criatividade e na Praça de Oliveira. As entradas dos espaços pintavam as ruas de variadas cores, devido à sinalética colocada de forma a facilitar a identificação por parte do público. No mapa, oferecido pela organização, encontrava-se um longo roteiro com os diferentes espaços de exposição integrados neste evento e os projetos que iriam acontecer em cada um.
Com o objetivo de perceber a opinião do público aderente acerca desta edição, o ‘ComUM’ procurou abordar algumas das pessoas presentes. Carla Fernandes, de 31 anos, classifica o evento como “fantástico”, alegando que “é sempre bom aproveitar as portas abertas para poder entrar e visitar”. Afirmou ainda que “o tempo ajudou muito”. “Sempre que venho até ao Noc Noc, vejo sempre muitas pessoas, mas quando está a chover não é assim tão agradável”, acrescenta. Para Maria Sampaio, de 57 anos, e Paula Sol, de 44 anos, este evento já não é novidade, visto que nenhuma das duas falhou uma única edição. Maria Sampaio menciona o bom ambiente que se fazia sentir naquela tarde, afirmando que “já é o costume”. Paula Sol afirma que o ambiente é “espetacular”, todavia “podia haver ainda mais adesão”.
Jorge Matos, um dos responsáveis pela organização, afirma que a edição deste ano foi uma “surpresa”, dado que passadas quatro edições “seria de esperar que as pessoas pudessem começar a ficar um bocado fartas e cansadas”. No entanto, surpreendemo-nos”, diz. Jorge Matos reforça esta ideia com a adesão bastante positiva do público que, “apesar dos avisos de mau tempo e apesar de ser fim-de-semana de eleições, o que torna tudo mais complicado, as pessoas estão na rua com os mapas nas mãos”. Refere ainda que o evento está a ficar cada vez mais conhecido e procurado, uma vez que há “muitos artistas que já vieram nas edições passadas e trazem sempre amigos e outros artistas”. “Ou seja, se a representação estrangeira está a aumentar porque cada vez mais pessoas ficam a saber que este festival faz sentido, através do passa-a-palavra, imagino que também [existam] pessoas a visitar pela mesma razão”, sugere.
Quando confrontado com a edição do ano passado, Jorge Matos afirma que “correu muito bem” e que “os valores, a nível de números, são parecidos com os deste ano”. “Os números mantêm-se estáveis e acho que as pessoas já têm presente nas suas cabeças que há um fim-de-semana por ano em que têm de estar presentes no Noc Noc”, conclui.
Carolina Pereira
Fotografias de Adriana Lages Dias