Jogo do ano para o Ipad da Apple, “Apple design award”, melhor jogo de acção arcade nos “Tabby Awards”, tudo em 2013. Um side-scroller de acção e plataforma com uns toques de arcade, mais conhecido por Badland,
O seu maior trunfo será o design. Utiliza níveis de foreground e background duma maneira sublime com cores contrastantes. Cada conjunto de níveis tem as suas cores e o seu estilo específico, que contribuem para o seguimento da história. Além disso, dão a cada nível uma enorme atenção ao detalhe, que não deixa o jogo tornar-se visualmente monótono em nenhum momento. Em cada nível, parece que estamos num mundo diferente. E dou-lhes um crédito enorme nesse sentido, visto que estamos a falar de 100 níveis ao todo.
Existe uma dicotomia que me interessou bastante neste jogo. O gameplay é do mais simples que existe. A maior parte das pessoas, provavelmente, já jogou “Flappy Bird”. O gameplay no Badland é exactamente igual. É só preciso clicar num botão. Contudo, o jogo torna-o bastante complexo. Com a quantidade que extras que podemos ir apanhando durante o nível, que aumentam ou diminuem a velocidade, o tamanho da personagem, criam mais clones, põem o jogo em slow-motion ou super rápido, entre outros, damos por nós a tomar decisões de centésimos de segundos que irão mudar a dificuldade do resto do nível.
A verdade é que no início dos jogos para os tablets e telemóveis, nunca ninguém esperou muito deles em relação à sua história ou ao seu tamanho. Ao princípio só os jogávamos para passar tempo no autocarro, no metro, ou até na casa de banho. Mas o crescimento da indústria, levou a que aparecessem verdadeiras obras de arte como Badland. A sua história apoia-se apenas no seu design, e na sua sonoplastia, brilhantemente trabalhada, sem nunca preferir uma palavra qualquer. Mas, mesmo assim, trata-se de uma história simples, que nos toca e que acompanha 100 níveis ao longo do jogo.
Tanto elogio tecido até parece mal, mas Badland merece-os verdadeiramente. Contudo, há uma crítica a apontar. Em cada nível, além do objectivo principal, que é chegar ao fim, existem 3 objectivos secundários que na sua generalidade acabam por ser os mesmos – chegar ao final com um número mínimo de clones, apanhar todos os extras, não apanhar nenhum extra, não morrer nenhuma vez, entre outros poucos. Este aspecto acaba por tornar o jogo um pouco enfadonho se realmente queremos passar todos os objectivos.
Em suma, o jogo tem tudo para ser adquirido. E digo adquirido e não comprado porque ele é grátis para os tablets, ou seja, mais uma razão extra para o adquirir.
Editora / Desenvolvedora: Frogmind
Data de lançamento: 4 de Abril de 2013
Plataformas de lançamento: Microsoft Windows, OS X,Linux, PlayStation 3,PlayStation 4, Xbox One,Wii U, PlayStation Vita,iOS, Android,Windows Phone 8,BlackBerry 10