Bruno Alcaide declara como grande prioridade da sua candidatura a aproximação da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) aos estudantes. O atual vice-presidente da AAUM falou ao ComUM numa Grande Entrevista, antes das eleições de dia 1 de dezembro, terça-feira.
Bruno Alcaide, estudante de Mestrado de Direito Administrativo, é o único candidato à presidência da Associação Académica da Universidade do Minho. “A representação dos alunos” é o que o leva a candidatar-se, após dois anos consecutivos como vice-presidente, ao lugar de Presidente da Associação.
Apesar de ser um projeto de continuidade, a lista A, pretende renovar o entendimento acerca daquilo que deve ser a função da Associação.
“A Associação Académica tem projetos de proximidade com o estudante”, afirma Bruno Alcaide, dando o exemplo do Orçamento Participativo. O candidato da lista A relembra que no ano passado, após ter surgido um problema relativamente aos relatórios periódicos apresentados pela Associação, foi verificado que havia, de facto, um desconhecimento por parte dos alunos da forma como os processos da AAUM são levados a cabo. “Tendo em vista a resolução destas questões e para que as pessoas percebam como é guiada e pautada a atividade da Associação Académica, o Orçamento Participativo vem colmatar algumas dessas falhas”, esclarece.
O ComUM questionou também Bruno Alcaide acerca do seu voto a favor da polémica passagem da UMinho ao regime fundacional. O candidato, um dos representantes dos alunos no Conselho Geral, apontou algumas vantagens e refutou as críticas, apontando a liberdade para o estabelecimento de novas parcerias pela Universidade, uma maior autonomia financeira e de organização como foco da sua decisão. E garantiu que “não será perdida nenhuma representação dos alunos” nem será diminuída a sua intervenção.
A “recriação da Fundação da AAUM” foi, também, tema em cima da mesa. O candidato afirmou que esta irá “coexistir com a missão da Associação” e que “pode garantir um maior apoio social” aos estudantes, mas que a sua “grande intervenção” está nas possibilidades que dá aos alunos. O plano de inclusão e abandono escolar, a nova ligação e renovação dos grupos culturais, bem como o trabalho próximo com os núcleos de curso são outros objetivos apontados por Alcaide.
Garantiu, ainda, a melhoria dos transportes urbanos e dos transportes do serviço que é prestado pela Associação Académica para que “possam entrar no campus, com uma criação de uma paragem dentro da Universidade”.
Quando confrontado com a elevada percentagem de abstenção no que diz respeito à eleição dos Órgãos de Governo da AAUM, Bruno Alcaide afirma que existe a probabilidade de ver diminuido o número de estudantes a votar. Ainda assim, “isso não deve servir de desculpa para qualquer estudante deixar de ir exercer o seu direito de voto”, afirma.
No final, questionado sobre as críticas dos estudantes à AAUM, Bruno Alcaide afirmou que tem “a noção de que tudo o que nós fazemos está sob uma forte análise dos estudantes da Universidade do Minho”.
Texto e entrevista: Liliana Malainho, Sara Viana e João Pedro Quesado
Imagem e edição de som: João Ribeiro