Bruno Alcaide disse ontem, em declarações ao ComUM, que "seria ótimo" reduzir a abstenção nas eleições para os órgãos da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM).

O candidato da Lista A à direção falou depois de ser confrontado com um auditório vazio para a apresentação do manifesto eleitoral da sua candidatura em Gualtar.

“Conseguirmos reduzir os números da abstenção seria ótimo, mas penso ser um objetivo demasiado grande”, disse ontem Bruno Alcaide em entrevista ao ComUM, acrescentando que pensa “que a manutenção do número de votos será bastante positiva.”

Depois de confrontado com um auditório vazio para a apresentação do manifesto eleitoral da sua candidatura, Alcaide admite que “o facto de haver só uma lista candidata (…) significa que a lista terá que ter um trabalho reforçado na mensagem que passa do projeto” para os estudantes. O candidato da Lista A acrescentou ainda que faz parte dos seus objetivos “trazer um maior interesse [dos estudantes] relativamente a estes processos, porque reconhecemos que existe, de facto, um desinteresse.”

A abstenção dos alunos é tradicionalmente alta nas eleições para os órgãos da AAUM. No ano passado, a abstenção cifrou-se nos 82%, uma pequena descida em relação a 2014. Ainda assim, os números têm-se mantido acima dos 80% nos últimos anos, tendo inclusive atingido os 89 pontos percentuais em 2011.

Um manifesto “transversal”

Bruno Alcaide falou ainda do manifesto eleitoral, que declara ser “transversal a todas as áreas”, sendo que “as linhas orientadoras do projeto estão ligadas a uma aproximação física do campus e dos alunos, quer do pólo de Braga, quer do pólo de Azurém, e também da estrutura do projeto da associação académica.”

O ainda presidente-adjunto da AAUM destacou a proposta de um Orçamento Participativo na associação, “em que eles podem concretizar alguns dos projetos que crêem que a associação deveria aplicar na realidade académica ou que eles próprios idealizaram e que podem ser eles a concretizar.”

Bruno Alcaide sublinhou também a “criação de dois espaços” em Braga e em Guimarães, que serão “uma extensão do projeto da nova sede que tem vindo a ser adiado, apesar dele ter agora condições mais favoráveis para se concretizar.”

As eleições decorrem na próxima terça-feira, dia 1 de dezembro.