O cineasta José Fonseca e Costa faleceu no passado sábado, dia 1 de novembro. Aos 82 anos, deixa um legado com filmes como ‘Kilas, o Mau da Fita’ (1981) ou ‘Balada Praia dos Cães’ (1986) e um inacabado, após ter estado sob internamento, em Lisboa. Com o funeral realizado ontem, a Cinemateca Portuguesa faz, hoje, a sua homenagem.
A causa da sua morte terá sido uma pneumonia, na sequência de uma pré-leucemia, segundo apurou o jornal ‘Expresso’, depois de Fonseca e Costa ter dado entrada no Hospital Santa Maria, na capital portuguesa.
À agência ‘Lusa’, o produtor Paulo Branco, que preparava mais um filme, denominado de ‘Axilas’, com aquele cineasta, afirmou que se tratava de um projeto “muito importante para ele”.
Hoje, dia 4 de novembro, a Cinemateca Portuguesa, na capital lusa, homenageia o cineasta com a exibição do filme ‘Sem sombra de pecado’, de 1983.
A sua obra cinematográfica conta com filmes de ficção, documentários, adaptações literárias, pequenas produções ligadas à publicidade de produtos, dos quais se destacam vários exemplares, como ‘Kilas, o Mau da Fita (1981), que foi sucesso de bilheteiras, ou ‘Balada Praia dos Cães’ (1986).
Nascido em Angola, na cidade de Huambo, move-se para Lisboa, nos anos 40, ingressando no curso de Direito da Universidade de Lisboa, acabando por se dedicar ao cinema. Na década de 60, começa a fazer cinema, em Itália. Sendo um dos fundadores do Centro Português de Cinema e detentor de outros cargos dirigentes, revela-se o precursor luso do Novo Cinema. Entre vários prémios, mais recentemente, no ano passado, recebeu o prémio de carreira, pela Academia Portuguesa de Cinema.