Investigadores do Grupo 3B´s da UMinho dedicam-se a diversas experiências na área da Medicina regenerativa através do uso de células estaminais.

A Nature Chemistry, revista do grupo Nature, publicou um estudo denominado “Co-assembly, spatiotemporal control and morphogenesis of a hybrid protein-peptide system” resultante de uma cooperação entre os investigadores do Grupo 3B’s da Universidade do Minho, Rui L. Reis, Helena Azevedo e Daniela Ferreira, e de cientistas de universidades de Londres, Barcelona, Valladolid e Negev (Israel).

Esta equipa de cientistas criou um minilaboratório biológico com proteínas alteradas, que gera uma membrana robusta capaz de se encaixar, de aderir e de vedar superfícies em longos períodos de tempo. Os testes mostram o potencial deste minilaboratório para gerar estruturas bioativas complexas com aplicações na engenharia de tecidos humanos.  Os cientistas acreditam que encontraram uma maneira de criar em laboratório veias e artérias, mostrando que é possível o crescimento destas estruturas de um modo organizado.

O processo diferencia-se dos outros devido à inexistência de qualquer impressão 3D ou moldação de materiais biológicos. Os resultados desta investigação podem variar entre um enorme impacto no modo como se desenvolvem em laboratório diversos tecidos humanos e implantes, até ao desenvolvimento de modelos para o estudo de diversas doenças, nomeadamente o Alzheimer.

De acordo com Rui L. Reis, coautor do artigo e diretor do Grupo 3B’s, “controlar as interações moleculares entre moléculas bioinspiradas permite criar de um modo auto-organizado materiais inteligentes mais complexos e com propriedades biológicas inovadoras.”