O último dia do ‘Guimarães Jazz’ ficou marcado pelo concerto da compositora Maria Schneider com a sua orquestra. No passado sábado, o Centro Cultural Vila Flor (CCVF) despediu-se da 24.ª edição deste festival, depois de duas semanas de atuações musicais.
No decorrer do concerto, foram várias as composições tocadas, de álbuns como ‘Evanescence’ (1994), ‘Winter Morning Walks’ (2013) e ‘The Thompson Fields’ (2015), o exemplar mais recente, ao qual deu mais destaque. Momentos como o enquadramento da interpretação do tema ‘Farm’ despertaram alguma “emoção” por parte da intérprete. Terminado o espetáculo, foi tempo para uma sessão de autógrafos com a artista norte-americana do Minnesota, premiada com vários ‘Grammy Awards’.
Em declarações ao ‘ComUM’, Manuel Jorge Veloso, reconhecido crítico da música jazzística e considerado pioneiro na conceção de festivais de jazz em Portugal, afirmou ter sido “um concerto fantástico”, “dos melhores da orquestra com a Maria Schneider”. Descrevendo a sonoridade concebida pela artista como “sui generis”, entende que a compositora “consegue fazer uma mistura dos vários naipes”, o que resulta em algo “muito particular”.
Paulo Pacheco, fotógrafo deste ciclo jazzístico vimaranense desde o seu início, entende mostrar “o jazz de uma maneira completamente diferente”. Schneider “põe a orquestra nas suas várias vertentes e dá protagonismo aos outros músicos”, aponta. Relativamente ao festival, sublinha “a coerência total do início ao fim”. Questionado sobre a sua performance fotográfica, diz ter “apenas dez minutos para dar o [seu] melhor”, mostrando sentir “um stress constante”.
Joana Morais, uma espetadora, afirmou: “Foi fantástico.” “Os concertos da Maria Schneider são sempre momentos positivos”, revela. Considerando “o programa apelativo”, mostra uma intenção de regressar, “todos os anos”.
Iniciado na semana passada, a 5 de novembro, o ‘Guimarães Jazz’ encerra mais uma edição, que, de acordo com Paulo Pacheco, foi “uma das melhores” e teve “a casa esgotada”. No próximo ano, aquele que se revela, segundo a visão do crítico Manuel Jorge Veloso, “um dos mais importantes festivais portugueses” comemorará 25 anos de existência.