Os núcleos de estudantes de Medicina (NEMUM) e Educação Básica (NEEBUM) da Universidade do Minho e o Hospital de Braga promoveram, esta semana, a 9ª edição da iniciativa “Hospital dos Bonequinhos” com o intuito de diminuir o chamado “medo da bata branca” nas crianças, familiarizando-as com os profissionais de saúde, as consultas e outros procedimentos médicos.

A atividade, que decorreu de 3 a 6 de novembro, consistiu num hospital modelo recriado à escala dos mais pequenos e destinado a crianças entre três e oito anos. Durante esta iniciativa, as crianças assumiram o papel de pais levando o seu “boneco doente” ao médico, papel interpretado pelos estudantes de Medicina da UMinho.

Nuno Gonçalves, presidente do NEMUM, explicou que a “simulação de vários procedimentos médicos não invasivos pretende aproximar as crianças do ambiente hospitalar de forma a reduzir a ansiedade tão característica nesta fase”.

As cerca de 900 crianças provenientes de vários jardins de infância bracarenses tiveram a oportunidade de passar pela “sala das pulseiras coloridas”, o consultório médico, o bloco cirúrgico, as salas de tratamento, diagnóstico, higiene oral, colheita de sangue e até pela farmácia, com a ajuda de mais de 250 alunos de Medicina, Enfermagem e Educação Básica.

Em entrevista ao ComUM e quando questionada sobre a continuidade do projeto, Maria Valentim, aluna do 3º ano de Medicina, afirmou que é uma ação que “deve continuar”. “É uma boa aposta tanto do NEMUM, para a nossa formação enquanto estudantes de Medicina, como do Hospital de Braga que consegue através destas iniciativas mostrar aos mais pequenos que o seu medo da bata branca é irracional e que todos os profissionais de saúde pretendem cuidar das pessoas”, acrescentou a jovem estudante.

O “Hospital dos Bonequinhos” surgiu na International Federation of Medical Student Associations, onde é conhecida como “Teddy Bear Hospital”.

Ana Rita Martins

Renata Vilaça