A 22ª edição do CELTA decorreu este fim-de-semana, nas noites dos dias 11 e 12 de dezembro, no Theatro Circo, em Braga. As diversas atuações trouxeram de volta a década de 80, relembrando os grandes temas que na altura se faziam ouvir.
Já é tradição o Certame Lusitano de Tunas Académicas, que acontece desde 1993 e é organizado pela Azeituna, estar associado a um tema e, este ano, na 22ª edição, a escolha recaiu sobre os eighties.
Num palco decorado a rigor, com uma pista de dança e disco balls, a anfitriã Azeituna foi a primeira a subir ao palco na primeira noite. De imediato, trouxe o espírito dos anos 80 à sala do Theatro Circo, arrancando com o famoso tema We Are The World, de Michael Jackson, passando por Queen e por José Cid, no âmbito da música portuguesa, com a canção Eu nasci para a música.
Seguiu-se a Magna Tuna Cartola, de Aveiro. A segunda parte do espetáculo foi inaugurada pela Blue Bunny Big Band, um grupo constituído por dez elementos da Azeituna, criado de propósito para esta edição do certame. Assim, a estreia deste grupo foi bem recebida pelo público, tendo interpretado sucessos dos anos 80, que puseram a plateia a dançar. Após este momento, seguiu-se a já usual atuação da tuna extraconcurso: TUM – Tuna Universitária do Minho.
Por último, a Scalabituna – Tuna do Instituto Politécnico de Santarém – fechou a noite com vários temas portugueses da década de 80, nomeadamente de Rui Veloso, Trovante e Heróis do Mar. Houve ainda espaço para uma homenagem ao músico Fernando Alvim, com o tema Canto de uma saudade.
Na segunda noite do certame e com uma sala mais composta, a Desertuna – Tuna Académica da Universidade da Beira Interior – deu início ao espetáculo.
Seguidamente, foi vez da TUIST – Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico – subir ao palco. A atuação da tuna lisboeta ficou marcada pela emocionante despedida de um membro desta tuna, que escolheu o CELTA para a sua última atuação enquanto tuno.
A Blue Bunny Big Band voltou, para uma vez mais apresentar um reportório de êxitos dos anos 80, entre os quais Live is Life, O corpo é que paga e Summer of ‘69, e animar os presentes com um formato diferente do das tunas.
A última tuna a concurso a ocupar o palco foi a TEUP – Tuna de Engenharia da Universidade do Porto.
Coube, contudo, à Azeituna fechar as atuações da noite, seguindo-se a entrega de prémios. A grande vencedora foi a Scalabituna, que ganhou o prémio de Melhor Tuna. A Desertuna e Tuna de Engenharia da Universidade do Porto foram consideradas as Segunda Melhor Tuna e a Terceira Melhor Tuna, respetivamente. A Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico foi a tuna que se adaptou melhor à temática do certame, ao alcançar o Prémio Tema – 80’s. A Desertuna arrecadou ainda os prémios de Melhor Pandeireta, Melhor Porta-Estandarte, Melhor Instrumental e Tuna mais Tuna. A Tuna de Engenharia da Universidade do Porto também levou para casa o prémio de Melhor Solista.
Uma das espetadoras, Ana Pinto, que esteve no Celta pela primeira vez, contou que ficou impressionada pela positiva e que o que mais gostou foi a temática dos anos 80: “tem tudo a ver com a minha geração, foi fabuloso”. “Superou as minhas expetativas, foi muito divertido”, acrescentou. Filipa Conceição vai ao encontro da mesma opinião: “o tema foi bem escolhido”.
Esta edição do certame ficou também marcada pela parceria entre o CELTA e a delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa. No local do evento, esteve à venda um pin do festival, cuja receita das vendas reverte totalmente para a associação humanitária referida.
Tal como na primeira noite, a festa dos anos 80 continuou depois na discoteca Lustre.
Redação: Inês Viana e Ricardo Cardoso
Fotografias: Cristina Leite