Homem do Jogo:
Pizzi
Desde que Rui Vitória pegou na equipa que o internacional português não tem assumido a mesma preponderância. No entanto, o número 21 dos encarnados desempenhou neste jogo um papel fulcral. O bragantino foi sempre muito pressionante, revelando-se um trunfo importante quer nas movimentações defensivas, quer a nível ofensivo. Foi dos pés dele que surgiu o remate para o primeiro tento da noite, numa jogada em que correspondeu a uma excelente iniciativa individual de Mitroglou. Saiu aos 87 minutos, numa altura em que o Benfica pretendia segurar a vantagem.
Em cima
Mitroglou
Dizem que ele é tosco, mas o lance que dá origem ao primeiro golo encarnado parece vir desmistificar essa ideia. O avançado grego, que regressou à equipa depois de ter anotado um tento diante do Sporting, inventou uma jogada de génio, desembaraçando-se da defesa com um toque de calcanhar que isolou Pizzi para o golo. Voluntarioso, o dianteiro helénico deu muito trabalho à defensiva bracarense, criando espaços e ajudando a construção ofensiva encarnada. Saiu aos 64 minutos, para dar o lugar a Raúl Jiménez, numa fase em que o Benfica precisava de refrescar a frente do ataque.
Renato Sanches
O menino de 18 anos voltou a merecer a confiança de Rui Vitória, depois de uma boa atuação diante do Astana. Destemido, o médio encarnado somou uma estreia positiva no primeiro jogo como titular para a Liga NOS. Ofereceu consistência ao meio-campo, travando as investidas da equipa minhota. No plano atacante foi também importante, conseguindo sair a jogar da zona defensiva e distribuindo passes para os homens mais avançados da turma lisboeta.
Rui Vitória
Era o teste de fogo para o timoneiro encarnado, que estava obrigado a vencer para não comprometer as aspirações ao título e acalmar as vozes críticas que tardam em desaparecer. À procura de surpreender o adversário, Rui Vitória abdicou de um segundo avançado, lançando Mitroglou para o onze titular e promovendo a utilização de um meio-campo mais consistente. A verdade é que a estratégia resultou, com o Benfica a realizar uma exibição pragmática e coesa, garantindo três pontos que são um autêntico balão de oxigénio para o técnico lisboeta.
Hassan
O avançado egípcio trabalhou muito na frente do ataque, assumindo o papel de principal referência da estratégia ofensiva da turma bracarense. Inconformado, criou muitas dificuldades aos centrais encarnados, fruto do seu intenso trabalho na procura de espaços e na criação de oportunidades de golo. Esteve perto de marcar por diversas ocasiões, com destaque para um lance em que cabeceou ao poste da baliza de Júlio César.
Lisandro López
O central argentino não tem tido vida fácil desde que chegou à Luz, estando muitas vezes apontado à porta de saída. A lesão de Luisão ofereceu uma nova oportunidade ao antigo jogador do Arsenal de Sarandí, que aproveitou para realizar uma exibição positiva. Apesar de algum nervosismo inicial, o argentino evidenciou maior segurança, contribuindo ainda com um golo que demonstrou as suas credenciais de central goleador.
Em baixo
Prestação defensiva do SC Braga
A entrada de rompante do Benfica surpreendeu a equipa bracarense, deixando a nu algumas das lacunas defensivas da turma orientada por Paulo Fonseca. A dupla de centrais revelou-se bastante insegura, concedendo muitas facilidades aos jogadores encarnados, ao passo que Mauro e Luíz Carlos nunca conseguiram oferecer o apoio defensivo necessário. Os dois golos do encontro confirmaram as falhas do conjunto minhoto, já que nascem de lances em que a defensiva bracarense não fez tudo o que podia.