Na “reedição” da final da Taça de Portugal da época passada, o SC Braga eliminou, esta noite, o Sporting, vencendo por 4-3, já no prolongamento. O Braga conseguiu, assim, a “vingança” no Estádio Municipal de Braga.

O Braga, que não contou com Crislan, Djavan e Rodrigo Pinho, todos lesionados, deu o pontapé de saída com Wilson Eduardo no 11, sendo esta a única surpresa de Paulo Fonseca. O avançado foi o primeiro a criar calafrios ao Sporting com um remate à entrada da área, que rasou o poste.

Com um início de jogo bastante bem disputado, com ocasiões para ambas as equipas, foram os leões a adiantarem-se no marcador com um golo de Bryan Ruiz, aos dez minutos de jogo. O costa-riquenho não perdoou, num remate à entrada da área, com a bola a entrar rasteira junto ao poste direito da baliza de Matheus.

O jogo abrandou com o golo da turma de Jorge Jesus, mas permaneceu equilibrado, com oportunidades de parte a parte. Aos 41 minutos, Rafa, numa iniciativa individual, galgou metros e isolou Wilson Eduardo que rematou sem hipóteses para Rui Patrício, restabelecendo a igualdade.

O empate manteve-se ao regresso aos balneários, num resultado justo para o que se passou dentro das quatro linhas.

Com os primeiros 45 minutos bem disputados, apesar da falta de ocasiões de perigo para além dos golos, a segunda parte prometia. Aos 52 minutos, e após um lance em que Slimani fica a pedir penálti, Bryan Ruiz rematou, ainda fora da área, para uma bela intervenção de Matheus, que cedeu canto.

Na sequência da bola parada, o Braga arrancou em contra-ataque, conduzido por Rafa, que lançou Goiano na linha, tendo este cruzado para Alan fazer o 2-1.

Porém, três minutos depois, surge novo golo, desta feita para a equipa lisboeta. Bom entendimento entre Bryan Ruiz e Aquilani, com o italiano a centrar para Slimani, que saltou mais alto que Goiano e, de cabeça, anulou a vantagem bracarense.

Com uma hora de jogo, as equipas procuravam evitar o prolongamento, e Wilson Eduardo quase bisava, ficando a centímetros de repor a vantagem dos minhotos.

A meio da segunda parte, novo golo no Municipal de Braga. William Carvalho faz o 2-3, com um remate, à entrada da área, colocado junto ao poste, sem hipótese para Matheus. Estava feita a segunda reviravolta no jogo.

O Braga não desistiu e reagiu forte. Minutos depois de uma oportunidade desperdiçada por Rui Fonte, os minhotos conseguiram o empate, para desespero de Jorge Jesus.

O golo foi apontado por Marcelo Goiano, assistido por Rafa, que tirou um adversário do caminho, e rematou já na área do Sporting para o fundo das redes. O marcador mostrava 3-3 aos 83 minutos de jogo, resultado que se manteve até aos 90, seguindo para prolongamento.

Aos cinco minutos do prolongamento, o Braga esteve perto de conseguir virar, novamente, o resultado. Baiano lançou Rui Fonte que, depois de alguma hesitação, atirou ao poste da baliza leonina. Três minutos depois Slimani ainda introduziu a bola na baliza de Matheus, mas este foi anulado por fora-de-jogo.

O Braga procurava evitar a lotaria das grandes penalidades e, após cruzamento de Baiano, Rui Fonte fez, de cabeça, o golo decisivo, para explosão dos adeptos. Estava feito o 4-3, num jogo que já contava com três reviravoltas, acabando este por ser o resultado final.

Num jogo completamente emocionante, o Braga, que já não marcava três golos ao Sporting desde 2009, quando Jorge Jesus treinava os bracarenses, garante o apuramento para os quartos de final, depois de também já ter eliminado o Farense e o Académico de Viseu.