A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) anunciou, no passado dia 20 de novembro, a vontade de melhorar os caminhos até Santiago de Compostela por parte do Norte de Portugal e da Galiza.
“O memorando estabelece compromissos, um deles é uma abordagem integrada dos Caminhos de Santiago, a partir da qual se está a preparar um projeto para apresentar candidatura a fundos europeus de cooperação transfronteiriça”, afirmou Carlos Neves, vice-presidente da CCDR-N.
Usando como recurso os fundos comunitários de 2020, este fim alcançar-se-á com um acordo entre a Agência de Turismo da Galiza (ATG) e o Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP). As referidas entidades pretendem “favorecer um melhor conhecimento da região europeia Galiza-Norte de Portugal e valorizar a sua riqueza e diversidade turísticas além-fronteiras”, diz-nos a CCDR-N.
Entre outras ações, a ATG e o TPNP pretendem criar intercâmbios regulares e dinâmicos e planos estratégicos e de marketing do território. Além disso, ambicionam uma melhor gestão dos caminhos de Santigo no território português, a fim de convergirem para uma só realidade no que toca, por exemplo, à sinalética, à comunicação e à política de albergues.
Melchior Moreira, do TPNP, assevera que o Turismo do Porto e Norte de Portugal tem como objetivo “a procura de sinergias entre parceiros públicos e privados no sentido de criar uma rede que permita abraçar projetos mais ambiciosos que sustentem o turismo e a economia no destino Porto e Norte e no país”.
Considera ainda que a ligação com a Galiza se tem estreitado nos últimos anos, sendo notório “o interesse que o [Norte] desperta nos galegos e a importância das [visitas] ao nosso território”. Para além disso, tal “é demasiado marcante para não unirmos mais-valias, seja em casos concretos como candidaturas a fundos europeus de cooperação transfronteiriça, seja na afinação das dinâmicas dos planos estratégicos que afunilem em áreas comuns”, conclui.