Homem do Jogo

Talisca

Uma semana depois da partida, em Marvila, frente ao Oriental, o brasileiro voltou a ser decisivo na Taça da Liga. Nem esteve particularmente ativo durante a partida, mas os números justificam a distinção. A jogar na posição onde se destacou na época transata – atrás do ponta de lança – fez dois golos e uma assistência que ajudaram a desbloquear e fechar o jogo, ainda na primeira meia hora. Para o final, reservou o hat-trick, na concretização de uma verdadeira obra de arte: remate tenso em “banana” para o ângulo superior.

Em cima

Gaitán

No regresso à titularidade, o “10” encarnado mostrou não estar ainda no topo das suas capacidades e não acelerou muitas vezes. Mas quando o fez, o seu talento colocou, invariavelmente, o adversário em sentido. O primeiro dos dois golos que apontou serve de exemplo. Simplesmente incrível a forma como tira quatro adversários do caminho. Digno dos melhores!

Iuri Medeiros

É o destaque natural do Moreirense. À semelhança do que vem sendo habitual, o jogador emprestado pelo Sporting imprimiu qualidade e clarividência, quer na condução, quer no momento de soltar a bola. No lance do golo, desmarcou-se bem, antes de mostrar frieza na cara de Ederson. Aos 76’, esteve perto de reduzir mais uma vez, mas a trave, após um livre, devolveu-lhe a bola. A expressão “oásis num deserto” representa fielmente aquilo que foi a influência do açoriano no futebol ofensivo da sua equipa.

Em baixo

Defesa do Moreirense

Os adeptos da casa, que ambicionavam um lugar nas meias-finais da competição, cedo se desiludiram e, para isso, bem podem culpar a desconcentração de alguns dos seus atletas. Contrariar o ataque mais concretizador a nível nacional seria sempre uma tarefa complicada, mas, desta vez, o Benfica não precisou de se esforçar muito para desmontar a teia minhota. A má abordagem de Patrick no lance que origina o penálti de que resulta o 0-1, os erros do veterano guardião Nilson e da dupla de centrais deitaram tudo a perder.