A sala de espetáculos do Theatro Circo recebeu na passada quinta-feira, dia 7 de janeiro, pelas 21h30, a Orquestra Filarmonia das Beiras, que encheu a sala principal com muita música e boa disposição. Tratou-se de um Concerto de Ano Novo e Reis, que é feito anualmente, tendo este ano contado com a presença do cantor André Sardet.

Uma extensa fila esperou impacientemente pela entrada no edifício do Theatro Circo. Algum tempo depois, o público conseguiu instalar-se nos seus lugares, esgotando a sala de espetáculos. A orquestra não fez o público esperar, sendo aplaudida mal entrou em palco. A primeira “sinfonia” foi a de afinação dos instrumentos, em que sons aleatórios surgiram de cada um dos artistas. O silêncio instalou-se, sendo novamente interrompido pelos aplausos à entrada do maestro António Lourenço, que cumprimentou o público com uma vénia. A primeira parte do concerto iniciou-se sem palavras e, com o movimento característico, o maestro deu início ao mesmo.

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Foram tocadas diversas músicas clássicas, sendo a primeira a tão conhecida “Marcha Radetzky”, de Johann Strauss. As melodias percorreram a sala de espetáculos, conferindo-lhe um aspeto ainda mais clássico, que nos levou à harmonia própria do século XVIII. As últimas músicas, com arranjos diferentes, fugiram ao padrão do clássico, sendo-lhes adicionados sons de assobios, como se de pássaros se tratasse. Este momento roubou algumas gargalhadas ao público silencioso.

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A determinada altura, o maestro saiu do posto e, virando-se de frente para o público, pediu intervenção na música seguinte. Usando o ritmo dos aplausos, o público foi dirigido, por momentos, pelo próprio maestro, conferindo à música um ritmo muito próprio das Valsas, Polcas e Marchas.

Após a primeira parte do espetáculo, foi feito um breve intervalo. Quando parte do público regressou aos seus sítios, surgiu a tão esperada entrada do cantor André Sardet que, de boa disposição e cumprimentando Braga, referiu que “é bom estar de volta”. Foi no Theatro Circo que André Sardet gravou o espetáculo “Mundo de Cartão” ao vivo.

Os arranjos musicais da Orquestra juntaram-se à voz do cantor que começou por cantar o tema “Amor com Amor se paga”, seguido de outras canções, nomeadamente, “Roubo-te um Beijo”, “Foi Feitiço”, “Adivinha o quanto eu gosto de ti” e “Quando eu te falei em Amor”. Uma atuação cheia de energia e emoção, contou com vozes do público a acompanhar o cantor nos temas mais conhecidos e um breve pé de dança em jeito sambista por parte de André Sardet, na interpretação da música “Alma Devolvida”.

O artista teceu elogios à cidade de Braga e ao Theatro Circo: “[Foi] um prazer estar aqui, neste espaço tão bonito”, soaram as palavras calorosas do artista, que arrancaram sorrisos da plateia.

André Sardet despediu-se três vezes do público, tendo entrado e saído do palco constantemente. Não querendo deixar a sala de espetáculos bracarense, repetiu três das músicas que cantou inicialmente, contando, mais uma vez, com a intervenção de parte do público, embora alguns dos espectadores já tivessem saído nesses momentos de indecisão relativamente ao fim do espetáculo.

À saída do Theatro Circo, o ComUM teve a oportunidade de saber as impressões de duas pessoas do público. Madalena Santos sorrindo, descreveu o concerto como “um momento de boa disposição”. Carlos Oliveira afirmou que “foi uma noite bem passada”, elogiando o ambiente de “descontração” que viveu.

Redação: Joana Lopes Ferreira

Fotografia: Ana Patrícia Magalhães