O Theatro Circo recebeu, ontem, pelas 22h00, Cavalheiro e Máquina del Amor para mais um concerto. À entrada a expetativa era grande por parte do público para ver o que de lá sairia. À conversa com o ComUM, Luís Fernandes confessava estar ”curioso” pelas atuações.

As portas da sala abriram à hora prevista e, gradualmente, foi enchendo. As luzes brancas apagaram-se e os Máquina del Amor subiram ao palco. Rapidamente se ouviram os primeiros aplausos da noite. O concerto começava com os Máquina a tocar um tema mais sereno que foi dando lugar a uma pauta mais mexida.

A noite avançava e o público ia perdendo a vergonha. Eram visíveis alguns dos tradicionais ‘abanar de cabeça’ à medida que a banda soltava verdadeiras melodias. Havia quem mexesse as mãos ao som da bateria e quem soltasse um “Que lindo!”. Não há dúvida que o post-rock industrial da banda contagiou a plateia, num concerto marcado por uma eletrizante guitarra e uma bateria forte.

No intervalo foi pedido à plateia que saísse por breves momentos. Era a vez de os Cavalheiro atuarem. Cá fora a satisfação era visível. Máquina del Amor maravilhou o público bracarense.

As portas abriram, novamente, em poucos minutos o Cavalheiro subiu ao palco, debaixo de uma chuva de palmas. Agradeceu ao público a presença e iniciou, sem mais demoras, o seu concerto. Os três primeiros temas tocados, presentes no novo álbum Mar Morto, fizeram acalmar o ambiente vibrante que se tinha instalado com os Máquina del Amor. O rock suave, melódico que se ouvia rapidamente fascinou o público. Ao som de uma panóplia de instrumentos juntavam-se as palavras do vocalista Tiago Ferreira que roubavam uma gargalhada à plateia. Até um pequeno problema técnico se transformou em breves minutos de stand up. “É tão fácil fazer uma piada agora”, disse Tiago.

O concerto acabou tal como havia começado: sob uma chuva de palmas. Chuva que fez com que o vocalista regressasse sozinho ao palco para agrado do auditório. Mas, desta vez, de forma mais íntima. Ouviu-se “O que posso eu dizer, o que posso eu fazer, para que fiques mais um pouco?”, versos do tema Talvez no EP Trégua. O público respondeu, ficando até ao último sopro da guitarra.

Fotografia: Carolina Gomes