Um estudo da Universidade do Minho, desenvolvido pela investigadora Olinda Oliveira, revela que a maioria dos menores não dorme as horas necessárias para assegurar o seu bem-estar físico e psicológico.

O estudo da Universidade do Minho que analisou meio milhar de menores, com idades entre os nove e os 17 anos, concluiu que 72% dos menores dorme entre sete a nove horas por dia, provocando mudanças de humor, desmotivação, ansiedade e falta de concentração.

A presença de aparelhos multimédia no quarto como a televisão, o computador e a internet é considerada um dos principais fatores que retarda a hora de deitar das crianças e dos jovens. A autora do estudo, Olinda Oliveira, afirma que “a necessidade de privacidade dos adolescentes leva os pais a colocarem vários aparelhos eletrónicos nos quartos dos filhos, propiciando hábitos de sono pouco saudáveis”.

O estudo revela, ainda, que o local de residência pode ter influência na qualidade de sono dos menores: aqueles que residem em meios rurais tendem a ter hábitos de sono mais tranquilos, deitando-se mais cedo durante a semana.

Olinda Oliveira cita a Fundação Nacional do Sono dos EUA explicando que os menores com “itens eletrónicos nos quartos tem quase o dobro da probabilidade de adormecer na escola e/ou enquanto fazem os trabalhos de casa”.

Este estudo denominado d “Influencia da Qualidade do Sono na Saude, no Comportamento e na Aprendizagem Escolar de Alunos de 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico” foi publicado pela Elsevier e pela Asociación Nacional de Psicologia y Educción.