O Gil Vicente vê os seus sonhos complicados para a segunda mão das meias-finais, depois de perder esta quarta-feira por 0-3 frente ao FC Porto, no primeiro jogo desta fase da Taça de Portugal.

O conjunto de Barcelos entrou para esta eliminatória como o único sobrevivente da II Liga, onde ocupa o quinto lugar. O coletivo de Nandinho apresentava um grande registo até à altura, estando invictos em casa (nove vitórias e nove empates) e perdendo apenas um dos seus últimos 16 jogos.

No início do jogo, o FC Porto entrou expectante, fazendo trocar a bola na defesa. O Gil Vicente aproveitou a hesitação do adversário, pressionando alto e com grande intensidade, conseguindo criar dificuldades à equipa do Porto em gerir a posse de bola. Nandinho, que não contava com o lesionado Pecks, autor do golo contra o Nacional que garantiu a qualificação para as meias-finais, nem com o castigado Paulinho, habitual titular no ataque minhoto, não mostrava intenção de perder a invencibilidade caseira.

O técnico portista, José Peseiro, entrou com confiança para este jogo, afirmando que não iria “esperar pela segunda mão para resolver” a eliminatória. Mas, numa primeira fase do jogo, destacou-se o jovem Vagner, com um espírito mais criativo da equipa gilista. Por outro lado, Djamal foi mantendo a equipa estável defensivamente. Não era certamente o início de jogo que o treinador dos dragões esperava.

A primeira grande oportunidade do jogo surge aos 25 minutos, por parte de Vítor Gonçalves, que remata fora de área e vê a bola bater com estrondo na barra da baliza de Hélton.

O Porto responderia pouco tempo depois por Marega. A nova contratação do Porto cabeceou de forma tosca à frente da baliza, sem qualquer perigo.

A equipa azul e branca ganhou outro ânimo na partida, criando oportunidades de perigo graças ao dinamismo ofensivo de Varela e ao grande posicionamento de Suk, que ia batalhando com os centrais minhotos.

Nova oportunidade para os portistas aos 35 minutos, com um ressalto na grande área a permitir a Marega encostar para o fundo das redes, mas valeu a interceção de Cadú, que estava no sítio certo para impedir o golo dos dragões.

Na resposta, Simy, com um remate à meia volta, obrigou Hélton a ir ao chão para agarrar a bola. O ponta-de-lança esteve apagado durante grande parte do encontro, perdendo a luta com a dupla Maicon e Marcano.

Quando as equipas já pensavam no segundo tempo, surge o primeiro golo da partida. No ressalto de um canto, Rúben Neves remata forte e coloca os portistas em vantagem no encontro. Infelicidade para o Gil Vicente que chega ao intervalo a perder, após uma boa primeira parte.

 

Descubra os destaques do Gil Vicente 0x3 FC Porto

 

Depois de um reatar da partida morno, perto da hora de jogo, um grande cruzamento de Layún, permite a Suk encontrar espaço nas costas dos defesas, e cabecear para o fundo das redes. Um grande movimento do coreano, que faz o seu primeiro golo ao serviço do FC Porto.

O 0-2 complicava as contas gilistas, mas o pior estava para vir. Aos 67 minutos, falta de Bruno Silva à entrada da área sobre Layún, que ia isolado rumo à baliza. A entrada do lateral gilista valeu-lhe o cartão vermelho direto, deixando o Gil Vicente com menos uma unidade.

O lance acabaria por resultar na lesão do mexicano, substituído por José Angel. Quem também entrava na partida era Sérgio Oliveira. Acabado de entrar, o médio portista decide marcar o livre, que resultaria num golo de elevada nota artística, com a bola a entrar no ângulo da baliza de Serginho. Primeiro toque na bola e primeiro golo de Sérgio Oliveira esta época.

O Gil Vicente baixou, não conseguindo criar qualquer oportunidade de golo até ao fim do jogo. Já em “modo descanso”, o FC Porto tomou conta da partida, pondo constantemente em perigo a baliza minhota.

Com este resultado a eliminatória encontra-se praticamente sentenciada, destruindo as esperanças do Gil Vicente em chegar pela primeira vez na sua história à final da Taça de Portugal.