AC Fafe repete oitavos de final da Taça de Portugal

O encontro entre o São Bernardo e o AC Fafe, a contar para os oitavos de final da Taça de Portugal Fidelidade, vai ser disputado novamente. O Conselho Técnico de Arbitragem da Federação Portuguesa de Andebol justifica a decisão pela existência de um erro técnico de arbitragem. A turma minhota tinha vencido o jogo no prolongamento, por 37-38.

O órgão da Federação recorreu às imagens televisivas da Andebol TV para tomar a decisão. Ao intervalo, numa partida marcada pela inexistência de mesa de árbitros, as imagens mostram que o resultado era de 15-13, mas a equipa de arbitragem marcava 14-13. Na base desta decisão encontra-se a regra nº 9.2, respeitante ao erro técnico.

Em comunicado, o AC Fafe “repudia veemente a decisão do Conselho Técnico da Federação de Andebol de Portugal, que determina a repetição do jogo”. Os responsáveis fafenses acrescentam que “a equipa de arbitragem não anulou golo nenhum”, pelo que consideram não haver argumentação para esta decisão.

Os minhotos afirmam ainda que o uso das filmagens da Andebol TV “abre um precedente grave para futuros protestos”, considerando que estas “não auferem sustentação legal ao abrigo dos regulamentos da FAP [Federação de Andebol de Portugal]”.

Contactado pelo ComUM, Artur Magalhães, Presidente da Direção do AC Fafe, afirmou que o clube está “contra o Conselho Técnico da Federação” e diz que o uso de imagens televisivas “é ilegal”.

Outro dos problemas, segundo os fafenses, é a data da repetição do jogo, agendado para 9 de Março. O vencedor deste encontro defrontará, nos quartos de final da Taça de Portugal, o Madeira SAD no dia 12 de março. A equipa que passar aos quartos de final terá apenas três dias de preparação para o encontro frente ao Madeira SAD.

Contudo, segundo o comunicado, o Andebol Clube de Fafe não vai apresentar qualquer recurso relativo à decisão do Conselho Técnico da Federação. Na tentativa de averiguar os argumentos deste Conselho, o ComUM tentou falar com os responsáveis da Federação que recusaram comentar este caso, visto que o processo ainda se encontra em curso.