BIG BANG … A Saga Continua!

“MADE” consiste num conjunto de 4 álbuns lançados separadamente cada um com duas músicas. No primeiro álbum, “M”, constam as músicas “Loser” e “Bae Bae”. “Loser” pode ser caracterizada como uma balada, onde um monótono refrão dá início à música. Apesar da monotonia do refrão, acho que esta é uma música muito bem conseguida, pois podemos perceber a harmonia do grupo nas vozes de Daesung, Taeyang e Seungri, em conjunto com o rap de T.O.P. e GD. Nesta música o grupo fala das suas inseguranças como um grupo e das dificuldades que têm de passar nas suas vidas.
“Bae Bae” é o oposto de “Loser”: é uma música divertida mas, como é algo bastante diferente do que o grupo costuma produzir, pode ser difícil de se apreciar inicialmente. Depois de se ouvir algumas vezes, podemos dizer: “Primeiro estranha-se e depois entranha-se”.

O segundo álbum designado por “A” conta com as músicas “Bang Bang Bang” e “We Like 2 Party”. Este álbum relembra-nos uma atmosfera de festa, pois as músicas nele encontradas são bastante animadas. “Bang Bang Bang” é uma música forte, constituída por grandes batidas eletrónicas que quase nos levam a perder a cabeça. É uma das minhas músicas favoritas de todos os álbuns e, na minha opinião, uma das melhores que o grupo alguma vez fez. “We Like 2 Party” é uma canção mais calma, simples, com simples acordes de guitarra. No entanto, não deixa de nos transmitir aquele sentimento de festa e é daquelas músicas que nos relaxam e nos relembram do verão.

No terceiro álbum, “D”, podemos encontrar duas faixas bastante distintas: “If You”, uma balada, e “Sober”, uma conjugação de vários sons e ritmos que quase nos levam à loucura. “If You” é uma música muito lenta e com um tom bastante calmo, que nos transporta para um estado de reflexão. Diferente de qualquer outra música do grupo, mantém ao longo da canção um suave dedilhado com uma combinação de leves acordes de guitarra. “Sober” é uma canção que está produzida num estilo ao qual já estamos habituados a ouvir de Big Bang: conjuga ritmos pesados de bateria com alguns sons de eletrónica e guitarra elétrica.

Por fim, temos o quarto e último álbum: “E”. Constituído por “Zutter” e “Let’s Not Fall In Love”, é a combinação perfeita para acabar esta saga. “Zutter” é algo explosivo. Encontramos apenas os vocais de GD e T.O.P, que, como já tínhamos visto em projetos anteriores, combinam de uma forma perfeita. Devo admitir que tal como “Bae Bae”, foi uma música que estranhei logo desde o início, mas que agora sempre que passa no meu telemóvel me dá vontade de dançar até não poder mais. É uma música bastante divertida e que vale a pena ouvir. “Let’s Not Fall In Love” é outra das baladas encontradas no álbum, caracterizada como uma música sólida de rock calmo. Podemos ouvir uma guitarra elétrica escondida por trás de alguns dos sons elétricos, o que ajuda a manter a melodia.

Concluindo, o regresso dos “Big Bang” foi muito bem conseguido, o “MADE” é um dos melhores projetos que o grupo alguma vez conseguiu alcançar. Todas as músicas foram escritas e produzidas pelos membros da banda, onde se puderam libertar um pouco das “amarras” da produtora e fazer algo que realmente desejavam há algum tempo. Acho que, no final, é um trabalho bastante sólido e bem conseguido. No entanto está noutra língua, o que não o torna numa barreira: depois de se ouvir, mesmo querendo, não se consegue largar.