O Theatro Circo recebeu, este sábado, a cantora Márcia para a apresentação do seu mais recente álbum, "Quarto Crescente". O concerto marcou a estreia da artista lisboeta na sala de espetáculos bracarense.

Num ambiente íntimo e muito calmo, foi assim que começou a noite de ontem, no Theatro Circo. Os primeiros temas escutados, pertencentes ao álbum “Quarto Crescente”, deram início à primeira parte do espetáculo que, tal como a fase da lua que dá nome ao projeto musical, foi crescendo com o passar da noite. “Ledo Sorriso” foi a música que Márcia escolheu para homenagear as famílias presentes na sala.

Márcia não se ficou pelo microfone. Tocou piano, guitarra acústica e guitarra elétrica. Mas, antes de soltar a primeira nota das teclas, avisou: “Desenganem-se se acham que toco bem piano”.

Depois da apresentação de alguns temas do seu último álbum, a cantora e a sua banda aproveitaram para introduzir faixas dos álbuns “Dá” (2011) e “Casulo” (2013), que contribuíram para aumentar o entusiasmo da plateia. Márcia começou por tocar o terceiro single de “Casulo”, “Menina”, acompanhado por palmas vindas de uma audiência mais agitada e com vontade de largar as cadeiras e a dar um paço de dança.

A cantora não se esqueceu que o seu concerto estava a ter lugar no Dia do Pai e dedicou uma das suas mais bem-sucedidas canções, “Pele que há em mim”, a todos os pais.

O público foi-se rendendo cada vez mais á doce voz de Márcia que aproveitou para retribuir o carinho com elogios à cidade de Braga e à sala principal do Theatro Circo: “Braga é especial. E esta sala deve ser a mais bonita do país”.

O concerto acabou com uma ovação em pé e palavras de apreço à performance. Apesar de ter abandonado o palco, Márcia regressou, entre aplausos e assobios. A pedido de uma fã, tocou “Cabra Cega”. O público levantou os braços e cantou com Márcia do início ao fim.

Os pedidos da plateia para que continuasse a cantar ainda não se tinham esgotado e Márcia acabou por estender o espetáculo até às 00h15. Do público emergiu um pedido para que a cantora desse voz a uma música que não era sua e que os músicos nunca haviam ensaiado. Quem no final se acabou por esquecer dos acordes foi Márcia e, para a ajudar, subiu ao palco um jovem fã que, depois de Márcia se ter lembrado das notas musicais, cantou um excerto do tema. O concerto acabou com uma vénia da banda à plateia, que se sentiu na obrigação de aplaudir em pé.

Á saída, o ComUM falou com Elizabete Silva que disse ter ido para o concerto com algumas expectativas, que foram superadas, elogiando a presença em palco da cantora. Joana Fernandes, por outro lado, confessou que não tinha expectativas para o espetáculo, mas que saiu muito satisfeita.