Nicolau Breyner morreu, esta segunda-feira, aos 75 anos, vítima de um ataque cardíaco. O ator fazia parte do elenco da telenovela da TVI “A Impostora”, ainda em filmagens.
De mãos dadas com o cinema, a televisão e o teatro, Nicolau Breyner dedicou mais de 50 anos da sua vida à representação. O ator foi um dos autores da primeira novela portuguesa, “Vila Faia”, transmitida pela RTP1 em 1982.
O nome Nicolau Breyner ficou firmado na cultura portuguesa com o seu primeiro programa televisivo “Nicolau no país das maravilhas” (1975) que se revelou um êxito, em muito devido à fábula “Senhor Feliz e Senhor Contente” onde contracenava com Herman José. O ator e argumentista continuou nos programas de humor com “Eu Show Nico” (1975) e “Euronico” (1990). Em declarações à SIC Notícias, o realizador António Pedro Vasconcelos lembra o colega como “um ator ímpar”.
Alentejano de Serpa, Nicolau estreou-se no Teatro com um pequeno papel de “taconeiro” numa peça de Leonor Telles, em abril de 1960. Com mais de 40 participações no cinema, segundo o Diário de Notícias, o “Senhor Contente” deveu a sua fama à televisão.
Apesar de ter abandonado o curso de Direito, Nicolau Breyner não pôs de lado a vontade de se tornar um político. Em 1995, o ator candidatou-se à Câmara Municipal de Serpa pelo CDS e construiu uma “campanha eleitoral absolutamente extraordinária” apesar de não ter ganho, declarou Paulo Portas, ex-líder do partido, à SIC Notícias.
José Nicolau de Melo Breyner Lopes ingressou em Direito na Faculdade de Direito de Lisboa, mas desistiu para estudar Canto e, mais tarde, Teatro no Conservatório Nacional.