Homem do Jogo
Djavan
No futebol moderno, há quem tenha algumas reservas quanto à importância que um lateral de cariz mais ofensivo pode trazer ao jogo de uma equipa. Hoje, Djavan contribuiu para esclarecer algumas dessas dúvidas. Competente no capítulo defensivo, soube aproveitar a falta um extremo puro no conjunto portuense, oferecendo maior profundidade ao ataque da formação minhota. Além disso, foi a partir dos pés dele que nasceram os primeiros dois golos da turma arsenalista, ao assistir com dois cruzamentos certeiros para os tentos de Hassan e Rafa. Depois de ter entrado e saído do Benfica sem ninguém dar conta, Djavan parece ter encontrado em Braga o lugar certo para potenciar as suas qualidades.
Em cima
Rafa
Quando aparece, o futebol do SC Braga transforma-se. Esta noite, esteve menos exuberante e nem sempre conseguiu ser o transportador de jogo que o SC Braga precisava. No entanto, acabou por ser decisivo. Veloz, deu-se muito ao jogo, procurando baralhar a defensiva contrária com as suas constantes trocas posicionais. Teve uma grande ocasião para fazer o 2-0 – acertou no poste –, mas foi ele que, aos 89 minutos, esteve no lugar certo à hora certa para anotar o golo que embalou os minhotos para a vitória.
Danilo
O internacional português somou mais uma boa exibição, assumindo-se como um autêntico patrão no comando do meio-campo portista. Apesar de nem sempre dar nas vistas, Danilo foi um elemento fundamental para o equilíbrio da turma orientada por José Peseiro, travando as investidas dos jogadores minhotos e lançando os ataques dos dragões. Esforçado, bem tentou dar um rumo diferente ao desafio, mas a sua prestação não foi suficiente para evitar a quarta derrota do FC Porto no campeonato.
Hassan
À segunda foi de vez. O avançado egípcio até nem estava a fazer uma grande exibição e já tinha desperdiçado uma soberana oportunidade, num lance em que só tinha Casillas pela frente. Trabalhador, Hassan revelou sentido de oportunidade, aproveitando uma tentativa de corte de Marcano, para fazer o primeiro golo do encontro. É certo que não esteve muito em jogo, mas soube aplicar aquele instinto de matador que o faz ser uma peça tão importante num esquema com dois avançados.
Em baixo
José Peseiro
É difícil perceber o que terá motivado a expulsão do treinador portista, mas a perda da voz de comando no banco de suplentes acabou por condicionar a prestação da turma da Invicta. A nível tático, o timoneiro português também não foi feliz com a aposta num esquema de quatro médios, pois a alteração acabou por retirar algum poderio ofensivo ao FC Porto. A derrota em Braga não atira os dragões para fora da corrida ao título, mas José Peseiro tem uma tarefa muito complicada para recuperar a desvantagem face aos rivais diretos.
Stojiljkovic
O exemplo perfeito de um jogo ingrato para um avançado como o sérvio. Muitas vezes abandonado na frente, passou um pouco lado do desafio, não conseguindo encontrar espaços para furar a defensiva portista. Precisando de vir várias vezes atrás para entrar no encontro, não esteve particularmente feliz no capítulo do passe e do controlo da bola, acabando por ser substituído aos 75 minutos, sem ter protagonizado qualquer lance de registo.