Os M83 lançaram o seu novo álbum, "Junk", no início do mês. A banda de Anthony Gonzalez marcará presença no NOS Alive'16, no dia 9 de Julho,
M83 é uma banda de música electrónica formada em 2001 pelo francês Anthony Gonzalez, em França. Produziram sete álbuns e já fizeram parte da banda sonora de vários documentários, séries e filmes, como “Divergente” e “Oblivion”. Foram também nomeados para os Grammy’s com o álbum “Hurry Up, We’re Dreaming”, cujo principal single, “Midnight City” trouxe muito reconhecimento à banda, considerada uma das melhores músicas de 2011 por várias empresas de media, e usada em filmes e anúncios comerciais.
Com uma temática essencialmente ligada à nostalgia, “Junk”, é inspirado nos programas televisivos “Punky Brewster” e “Who’s the Boss?” dos anos 70 e 80. Segundo Anthony Gonzalez, tudo o que é criado na indústria do entretenimento é, mais tarde ou mais cedo, esquecido e “posto no lixo”. O músico considera esse facto assustador, mas também fascinante, sendo este álbum um tributo aos programas televisivos e obras de arte esquecidos no tempo. “Junk” é o termo usado para caracterizar a música pop de hoje em dia, criticando as diversas falhas da indústria musical.
Todas as músicas do álbum realmente remetem para os anos 70 e 80, com o característico som do piano e do saxofone. Ao ouvir este álbum viajamos no tempo, para a sala de estar de uma família onde se encontrar uma televisão analógica a emitir filmes de aventuras intergalácticas.
A primeira música, “Do it, Try it”, é uma espécie de hino à juventude, que começa com um apelo aos jovens (“Listen to the sound / Of a new tomorrow”). Ao longo da música fala-se de inseguranças, amores não correspondidos, dança, música e diversão, elementos característicos do tempo para que remete.
Uma das músicas mais conhecidas é “Solitude”, que revela o desejo de se voltar atrás no tempo e o sentir que parte de nós ficou no passado (“Somewhere/ Back in time/ I left a part of me/ I wanna see if you can try/ To bring it back to me”). Há o sentimento de solidão perante um tempo a que não se consegue adaptar. Outra música que destaco é a instrumental “The Wizard”, que remete para um cenário do fantástico, de desenhos animados ou de banda desenhada relativos a magia.
Penso que a banda já conseguiu um melhor trabalho com os álbuns anteriores nomeadamente em “Reunion” e “Before The Dawn Heals Us”. Não apreciei assim tanto o registo mais pop da banda e achei que a intervenção do músico Jordan Lawlor em “Walkway Blues” não teve muita qualidade sonora.
É um álbum, que considero rico e original instrumentalmente, adequado à temática que retrata. Acho interessante e fora do comum o design da capa e dos vídeos das músicas, onde as imagens são animadas. Daí que, apesar do tom mais pop e comercial, o disco dos M83 é recomendável.
Julho 21, 2022
Vlw pela crítica, ajudou a entender melhor o álbum. 🥰
Abril 13, 2016
Que crítica mais fraca. Não acrescenta nada. E, num álbum com 15 músicas, só falam de 4? E o resto? Limitaram-se a comentar os singles e mais outras duas, sendo que, numa das quais, para dizer que a intervenção de Jordan Lawlor não teve qualidade sonora? O quê? Nota 6, a sério? Que vergonha de crítica.
Abril 18, 2016
Olá Teresa. Desde já muito obrigada por nos acompanhares! Não é fácil resumir numa crítica, onde nos é exigido limite de palavras, opiniões sobre 15 músicas. Por isso, sempre me aconselharam a selecionar as mais significativas para mim, tanto pela positiva como pela negativa.
Lamentamos que não concordes com a nossa crítica mas como sabes este tipo de coisas é subjetivo. Ainda assim, agradecemos o teu feedback e esperamos que continues a ler o ComUM. Pode ser que as próximas críticas sejam mais próximas da tua opinião. Muito obrigada.