“É necessário aprender e adaptar ao que é novo, sem esquecer os velhos clássicos” foi a ideia partilhada por Raul Santos, jornalista da Rádio Renascença, na sessão de abertura da XIX edição das Jornadas da Comunicação. Numa conversa com os alunos de Ciências de Comunicação, Raul Santos define como prioridade a “domínio da linguagem e rapidez da execução” para ser o primeiro a informar uma sociedade que está em permanente contacto com a comunicação.
Ao lado de Raul Santos esteve presente Carlos Furtado (da agência de relações públicas QI Porto de Ideias), João Vasconcelos (do Canal180), Paula Ferreira (jornalista do Jornal de Notícias) e Arminda Deusdado (da produtora Farol de ideias).
Num debate dedicado às mudanças na área de comunicação, Paula Ferreira salienta a necessidade de “reinventar as redações”, para solucionar os problemas com que os jornais impressos lidam atualmente. A jornalista acrescenta ainda que que o jornalismo continua a ser importante, tendo este o “dever de interrogar a realidade e informar os leitores”. Para Arminda Deusdado “o futuro do jornalismo passa pela Causa”, ou seja, uma aposta no jornalismo de investigação que interrogue a realidade.
Para Carlos Furtado, o facto de a sociedade estar em permanente contacto com a comunicação, fez surgir uma nova vertente, “um quarto poder que obriga um profissional a refletir e a estar atento à atualidade”. É com base desta dinâmica que Carlos Frutado justifica o crescimento das relações públicas e ainda a importância de sua gestão, acrescentando que “aquilo que comunicamos hoje arrastar-se-á sempre connosco”.
Num debate onde a preocupação dos alunos em relação às oportunidades se fez sentir, os convidados incentivaram os alunos a arriscar e João Vasconcelos partilhou a ideia de que “ desaprender é um dos principais desafios”.