Baseado no livro “Room” (2010) de Emma Donoghue, chega-nos aos ecrãs o filme com o mesmo título, ou, em bom português: “Quarto”.
Este drama conta com uma pontuação de 8,3/10 no IMDb e desde o seu lançamento tem recebido várias críticas positivas, chegando mesmo a ser nomeado para vários prémios cinematográficos, nomeadamente ao óscar de melhor filme. Conta com Jacob Tremblay (Jack Newsome) e Brie Larson (Joy “Ma” Newsome) como atores principais, tendo esta última ganho, em prol do seu papel, o óscar de melhor atriz principal.
O filme conta-nos a história de Jack, um menino que vive com a sua mãe fechado num quarto. Estes são mantidos em cativeiro no mesmo, recebendo todos os dias a visita do “Velho Nick”, que sequestrou “Ma” (Joy) há sete anos atrás e que lhes leva os mantimentos necessários à sua sobrevivência. A mãe da criança faz todos os possíveis para que o filho tenha uma infância feliz e digna, escondendo-lhe no entanto que existe mundo “lá fora” e que ambos se encontram, no fundo, raptados.
Após o quinto aniversário do filho, e apercebendo-se das suas crescentes dúvidas acerca do mundo, Ma decide que chegou a hora de explicar a Jack a realidade em que vivem. Mostra-lhe, assim, que o mundo é tal como ele sonhava e que não se limita àqueles dez metros quadrados em que vivem.
Jack, após uma luta contra aquilo em que acreditava desde que nascera, acaba por ajudar a mãe a montar um plano para que possam libertar-se. É aqui que observamos o momento mais intenso do filme. Esta torna-se então, não a história de duas pessoas em cativeiro, mas de um amor familiar incondicional. Apercebemo-nos, neste momento, que para esta mãe já nada, nem mesmo a sua própria vida, é mais importante do que ver o seu filho fora daquele local, onde ela mesma perdeu a sua inocência.
Aborrecidamente emocionante! Apesar da história avassaladoramente tocante, as duas horas de filme acabam por tornar-se monótonas. O filme tem o seu grande pico no momento já destacado, mas volta a “morrer” logo depois.
Ainda assim, é impossível ficarmos indiferentes a esta história que é perfeitamente capaz de arrancar algumas lágrimas (admito!) e ao grande talento dos dois atores principais que, juntos, fizeram um trabalho fenomenal de interpretação.