O projeto surge de uma parceria entre a Universidade do Minho e a Fundação Eça de Queiroz (FEQ).
A Universidade do Minho e a Fundação Eça de Queiroz criaram o primeiro centro de tradução literária de Portugal. O Centro de Estudos de Tradução (CET-Tormes), sediado na FEQ, em Baião. pretende apostar “na tradução literária através do ensino, da pesquisa, da atividade editorial e de eventos”, segundo um comunicado do Gabinete de Comunicação, Informação e Imagem da Universidade do Minho.
A Universidade do Minho pretende que este projeto seja integrado, em breve, na Rede Europeia de Centros Internacionais de Tradutores Literários (RECIT). Para Orlando Grossegesse, diretor científico do Centro e professor do Departamento de Estudos Germanísticos e Eslavos da UMinho, “Portugal é dos países europeus onde a tradução literária ainda tende a ser subvalorizada ou, mesmo, despercebida na receção das literaturas estrangeiras.” O diretor científico realça que “é necessário conferir prestígio a esta área, atraindo assim estudantes e instituições interessados”.
O CET-Tormes pretende focar-se na obra de Eça de Queiroz, já traduzida para 20 idiomas, e reforçar a atuação cultural, literária e crítica da UMinho e da FEQ. Orlando Grossegesse defende que “a função primordial deste tipo de centros é refletir sobre a tradução e a própria prática tradutória, abrindo este modo de trabalho profundamente solitário entre os autores e tradutores e, também, o público em geral”.
As primeiras atividades do centro de tradução já decorrem em Tormes e Braga, na Universidade do Minho. As iniciativas contam com a parceria do Instituto Camões, do Goethe Institut Portugal, da Fundação Alemã de Tradutores, da Embaixada da Áustria e da Associação Portuguesa de Estudos Germanísticos.