O rapper português Dengaz foi um dos primeiros músicos a pisar o palco do Enterro da Gata’16. Para a sua segunda atuação no palco das festas académicas da Universidade do Minho, Dengaz trouxe consigo temas bem conhecidos do público como “Tamojuntos” e “Dizer que não”.
Depois do concerto, o ComUM entrevistou o cantor que confessou que o palco do Gatódromo é “muito especial”.
ComUM: Como é que foi atuar neste palco, pela segunda vez?
Dengaz: Foi muito bom. Estávamos com aquela expectativa de ver como ia ser, porque é um dia de muito mau tempo e já nos tinham avisado que estava difícil. Depois, fiquei surpreendido por saber que tocaríamos àquela hora, porque sabemos que é quando as pessoas começam a chegar a estes eventos e foi fixe ver que começámos com meia casa e no fim já estava cheio.
ComUM: Este palco é especial por ser uma festa para estudantes?
Dengaz: Sim, este palco é muito especial não só por causa disso, mas eu acho que o ambiente do palco é mesmo muito fixe. Quando estávamos a fazer sound check, também reparei nisso. Tem uma vibe muito boa. A cena de ser para estudantes é fixe, porque o pessoal está com energia, está com vontade de estar cá nos concertos. E acho que foi bom e conseguimos passar bem a nossa mensagem.
ComUM: Como é que lidas com o sucesso, que tem sido cada vez maior?
Dengaz: Para nós que às vezes estamos tão focados no próximo objetivo e naquilo que queremos fazer, nem o conseguimos aproveitar. Então acho que não é só o sucesso. São mais as conquistas e o sonho de querer viver da música e depois poder viver mesmo da música.
ComUM: Como é conciliar a vida profissional com a pessoal e ter tempo para a família?
Dengaz: No meu caso, as duas coisas estão relacionadas. A minha vida profissional acaba por ser a pessoal, porque faço aquilo de que gosto e sempre sonhei fazer. É muito difícil para mim, às vezes, levar isto como uma profissão, porque vejo-o como uma coisa que eu faço por amor e, por isso, está tudo misturado. Quanto à família, tenho que ter tempo para estar com eles, porque senão as coisas também deixam de valer a pena.
ComUM: O que pensas do hip hop nacional?
Dengaz: Eu devo muito às pessoas que me deram a conhecer o hip hop nacional, porque foram eles que também me deram a conhecer o estilo de música que eu mais gosto e, acima de tudo, porque abriram muitas portas para que nós pudéssemos estar aqui, hoje. E é um privilégio estar aqui e podermos ter hip hop em festivais mainstream, que têm muitos estilos de música. Antes, isso era uma coisa quase impensável.
ComUM: Há alguma parceria ou projeto que possas desde já desvendar-nos?
Dengaz: Isso ainda não, porque convém que os projetos futuros sejam só descobertos nos timings certos. Não podem perder aquele fator surpresa. Mas o pessoal pode ficar atento às minhas redes sociais, porque vão poder continuar a ver várias parcerias.