DJ Ride marcou, também, a penúltima noite do Enterro da Gata´16. Antes de entrar em palco o Dj confessou ao ComUM que iria dar o seu melhor e que a variedade do seu reportório era um ponto a seu favor para cativar os jovens.

ComUM: De onde vem o nome DJ Ride?

DJ Ride: É fácil… Andava de bicicleta e ainda ando bastante. Na altura já usava Ride como nickname, no Messenger, depois precisava de um nome curto que ficasse no ouvido e um amigo meu disse-me: “Olha, Ride fica fixe para música” e, pronto, ficou até agora.

ComUM: Como foi entrar para o mundo da música?

DJ Ride: Ao início eu queria mais produzir, só fazer scratch e estar a tocar com bandas como outro músico, não ter aquela coisa mais convencional de DJ de passar som, mas depois comecei a perceber com as técnicas do scratch e da produção que também poderia passar som facilmente… então comecei a fazer as três coisas. Foi um processo natural, algo que eu também comecei a gostar. Inicialmente, não é que eu gostasse muito da parte das discotecas e assim, até porque não saía muito à noite, mas depois comecei a gostar pela energia e pela adrenalina de estar a tocar quer seja à frente de dez pessoas, quer seja à frente de dez mil.

ComUMLi também que gastaste muito dinheiro em discos de vinil, como surgiu esse gosto?

DJ Ride: Eu acho que vem um bocado de família, os meus pais tinham uma coleção de vinis, nada de especial, mas havia aquele culto. Lembro-me, ao fim de semana, do meu pai a pegar nos vinis e pôr a música alta… Eu acho que ficou aqui qualquer coisa cá dentro. No vinil o som é mais caloroso, sentes os graves doutra maneira, não é tão frio.

ComUM: Como é um dia de folga para o DJ Ride?

DJ Ride: Por acaso é engraçado, ainda no outro dia eu estava a vir de uma atuação e cheguei a casa e estava lá com a minha miúda. Cheguei e nem descansei, fui logo para o computador fazer música. Eu estou sempre com mil e uma ideias, então não descanso, às vezes ando de bicicleta quando tenho mais tempo. Mas o dia de folga é a treinar, fazer beats e produzir.

ComUM: Qual o momento mais marcante que já tiveste na tua carreira?

DJ Ride: Ter ganho o mundial com o Stereossauro na Polónia porque foi um sonho tornado realidade e tocar nestes palcos grandes é incrível.

ComUM: Qual é a expetativa para o concerto desta noite?

DJ Ride: É a melhor, ainda por cima a seguir ao concerto da Capicua, faz todo o sentido. Tenho trabalhado com ela. Estava a chegar de carro, ouvi e disse: “Este beat é meu!”. Já produzi alguns temas para a Capicua. Eu quero entrar em palco e dar o meu melhor, tenho a certeza que vai ser fixe.

ComUM: O público juvenil é um público especial para ti?

DJ Ride: Claro! As pessoas estão aqui para se divertirem e para ouvirem coisas diferentes. É um público que dá sempre para experimentar muita coisa diferente. Eu como passo de tudo um pouco, o pessoal está ali do início ao fim e isso é fixe.

ComUM: O nosso hino da Universidade diz que estes anos são viagem. Que mensagem deixas aos estudantes que chegam, aos que permanecem e aos que partem?

DJ Ride: Que se divirtam, que sejam felizes, aquelas coisas clichés, que são sempre importantes. Para muitos é o encerrar de uma fase e o início de outra e, pronto, a melhor das sortes para toda a gente.