Homem do Jogo

Marafona

A posição de guarda-redes é aquela que mais sentimentos agridoces pode trazer. De um momento para o outro, um guardião pode desempenhar o papel de herói ou vilão. Marafona teve hoje um momento desses, cravando o seu nome na história do clube bracarense. Transmitindo segurança ao longo do encontro, o jogador bracarense foi decisivo nos penáltis, travando duas grandes penalidades, que acabaram por ditar o triunfo da equipa minhota. Um dia para mais tarde recordar.

Em cima

André Silva

Talento, Calma, Frieza. Há muito tempo que a seleção portuguesa suspira por um avançado com sentido de golo, que faça esquecer nomes como Pauleta ou até mesmo Fernando Gomes. A procura por essa nova referência não tem sido fácil, mas a resposta pode muito bem estar em André Silva. O ponta-de-lança tem vindo a agarrar as oportunidades dadas por José Peseiro e esta tarde não foi exceção. Seguro, o menino de apenas 20 anos liderou a reação do FC Porto, correspondendo com dois golos que atiraram a decisão da final para o prolongamento. O comboio para o Euro já lá vai, mas Fernando Santos pode ter aqui uma solução para o próximo Mundial.

Josué

Defrontar o clube de origem não é uma tarefa fácil. Muito menos marcar um golo numa final da Taça de Portugal. No entanto, o jogador bracarense, emprestado pelo FC Porto, não acusou a pressão, jogando solto e efetuando combinações que causaram estragos na defensiva portista. Oportuno, conseguiu aproveitar uma desconcentração de Helton e Marcano para fazer o segundo golo do conjunto arsenalista. Saiu aos 84 minutos, numa altura em que o SC Braga ainda vencia por 2-1.

Rui Fonte

Chegar, ver e vencer. Depois de uma temporada complicada em que os problemas físicos e a concorrência atiraram Rui Fonte para fora das opções habituais, o avançado português foi a arma secreta de Paulo Fonseca para esta final. Sem jogar desde Fevereiro, o dianteiro disse presente, inscrevendo o seu nome na ficha de jogo, após um lance em que Chidozie e Helton ficaram muito mal na fotografia. Teve ainda um papel determinante na frente do ataque, trabalhando bastante para desgastar a defensiva contrária.

Em baixo

Defesa do FC Porto

Dois erros, dois golos. Os defesas dos dragões tiveram uma tarde desinspirada, oferecendo “o ouro ao bandido” em duas ocasiões. As falhas de concentração foram evidentes, com Chidozie, Marcano e Helton a protagonizarem erros pouco comuns a este nível, que acabaram por dar ao SC Braga a oportunidade de construir uma vantagem de dois tentos. O plantel do FC Porto deverá sofrer algumas alterações na próxima temporada, mas se a equipa portista quer voltar aos títulos vai ter de melhorar bastante o capítulo defensivo.