As costas norte-americanas juntaram-se ao som de Steve Gunn & The Outliners e White Fence, em Braga. Os riffs e pedais psicadélicos não deixaram os bracarenses indiferentes.
Um baixista de fato e ténis, Steve Gunn de camisa descontraída de padrão azulado e amarelo e um público que ainda se encontrava disperso. Foi assim que se iniciou o espetáculo da noite, com o seu novo single do cantor norte-americano, “Ancient Jules”.
Seguiram-se “Milly’s Garden” e “Water Will” dos álbuns Way Out Weather, de 2014, e Time Off, de 2013. O vocalista agradeceu pelos aplausos e afirmou ser “muito bom estar em Portugal”. Essa admiração já tinha sido comprovada pelo seu álbum Cantos de Lisboa, em conjunto com Mike Cooper, inspirado no país luso.
Gunn, de olhos esbugalhados, inspirou e expirou e deu som ao conhecido “Way Out Weather”. Numa hipnose partilhada por toda a banda, ouviram-se os temas finais: “Park Bench Smile” e “Wildwood”.
O palco passou para White Fence, que chegaram às 23h30 e começaram com “And By Always” e “Art Investor Collector”. Entre os temas, que colaram toda a plateia ao palco, os copos de vinho acompanharam os músicos.
“1, 2, 1, 2, 3, 4”, foi assim que continuou a banda. As cordas foram soltas para “Destroy Everything” e “Get The Heart”, que receberam múltiplos abanos de cabeça e bater de pés. Passando já pelos seus três álbuns, White Fence continuaram a mostrar o seu imenso reportório musical, com “I’ll Follow You”, “The Pool” e o enérgico “Pink Gorilla”.
Depois de algumas trocas de instrumentos entre o baixista e baterista, ouveu-se, finalmente “Sandra (When the heart dies)”. A plateia dançou, uma última vez, ao som dos versos “When the earth dies, we’d wished/ We’d died”. A banda abandonou a Blackbox, sem encore.