A banda Capitão Fausto presenteou, este sábado, o palco do gnration com o seu novo álbum Capitão Fausto Têm os Dias Contados. Entre gritos e assobios, os lisboetas conquistaram Braga.
Foi à hora marcada, por entre o fumo e a escuridão da Blackbox e ao som de “Wuthering Heights”, de Kate Bush, que o quinteto apareceu. Começaram com “Morro na Praia” e foram saltando de álbum em álbum, apresentando o novo disco, que o público já sabe de cor, apesar de ter sido lançado há pouco mais de um mês.
“Estão bacanos?”, perguntou o baixista Domingos Coimbra, passando de imediato para “Dias Contados”, momento em que, em coro, a sala cantou, ironicamente de sorriso na cara, “Eu vou morrer / Eu vou morrer”. O som viajou de seguida para “Santa Ana” e ninguém parou de dançar.
Depois de “Tem de ser”, o vocalista Tomás Wallenstein, com o seu habitual copo na mão, desta vez de whisky, sorriu e disse: “À vossa!”. O mosh mais intenso da noite surgiu ao som de “Supernova” que terminou com uma suave transição para “Zécid”. A esta altura, já se podia confirmar: as velhas malhas da banda continuam com grande impacto nos fãs de Fausto.
O “show segue-se”, disse Domingos Coimbra, e “Corazón” foi introduzido, seguindo-se “Semana em Semana” e “Mil e Quinze”. Para além destes temas, Capitão Fausto aproveitou para relembrar “Ideias”, do álbum Pesar o Sol.
Numa pausa educacional, Tomás Wallenstein perguntou ao público quem queria aprender a afinar uma guitarra acústica. Depois de acertadas as notas, o tão esperado “Amanhã Tou Melhor” entoou na “caixa preta”, fazendo voltar os crowdsurfings.
Os lisboetas abandonam o palco depois de tocarem “Nunca faço nem metade/ Do que me diz a vontade”. Logo a seguir, e já com um mar de gritos e assobios vindos da plateia, o teclista Francisco Ferreira, mais conhecido por “Ferrari”, voltou ao palco e deu um pequeno concerto a solo, enquanto os rapazes faziam os seus “affairs”.
O espetáculo continuou à medida que os “rapazes” voltavam aos seus instrumentos. Nos últimos três temas, os lisboetas aproveitaram para cantar o fim da sua mocidade com “Alvalade Chama Por Mim”. De regresso aos álbuns anteriores, o concerto terminou com “Maneiras Más” e “Verdade”. Estas últimas trouxeram de volta o rebuliço suado dos bracarenses que, de tanto se esticarem e saltarem, faziam já parte do palco dos Capitão.