A quinta noite do Enterro da Gata’16 ficou marcada pela atuação de Quim Barreiros. Antes do concerto, o “Tio Quim” esteve à conversa com o ComUM, onde confessou ainda não ter perdido o fôlego e assegurou ser sempre muito bem recebido pelos estudantes académicos de Braga.

ComUM: Quais são as suas expectativas para o concerto de hoje? (em relação à noite passada)

Quim Barreiros: As expectativas são ótimas e espera-se casa cheia. Oxalá é que não chova, mas normalmente quando eu vou para o palco não chove. Portanto, vamos enterrar a gata com todos os matadores.

ComUM: Tendo em conta as experiências dos últimos anos, o que diferencia o público académico minhoto dos restantes públicos?

Quim Barreiros: Eu não noto grande diferença entre os estudantes de braga e os restantes, porque no fundo acabam por ser os mesmos. Os estudantes do Porto são capazes de vir até cá como os estudantes de Braga são capazes de estar presentes noutras queimas nacionais. Há sempre aquela euforia académia neste tipo de eventos e isso vê-se em todas as festas académicas do país.

ComUM: Como tem sido a receção por parte do público minhoto?

Quim Barreiros: Sou muito bem recebido. Os estudantes aderem perfeitamente às minhas músicas e sabem canta-las. Aliás, eu gravo com a Azeituna da Universidade do Minho, que são grandes músicos e grandes cantores. Portanto, estou a jogar em casa. Sou minhoto e sinto-me a jogar em casa.

ComUM: Já conta com muitas participações em várias queimas nacionais e, neste caso, no enterro da gata. Quais são as grandes diferenças que tem constatado ao longo das várias edições?

Quim Barreiros: Tudo cresce. Esta edição já não tem nada a ver com a do ano passado. Este ano apresenta uma outra dimensão, uma nova produção. Tudo é diferente, mas para melhor.

ComUM: É importante marcar presença todos os anos?

Quim Barreiros: É sim. Primeiro, eu fico lisonjeado quando há um convite das grandes federações académicas para eu voltar a atuar. Fico muito feliz por isso, porque significa que a malta ainda gosta do Quim Barreiros. E, de facto, o que normalmente me dizem é que nos dias em que venho são os dias com casa mais cheia. Por exemplo, este ano, no Porto estourou e Coimbra a mesma coisa. Onde vai o Quim Barreiros, aquele dia enche-se de gente. Fico realmente muito feliz com isso.

ComUM: Podemos, então, dizer que depois de tantas atuações o “Tio Quim” não perde o fôlego?

Quim Barreiros: Não perde, para já não perde. Até porque quando eu sentir que o estou a perder, não venho. (Risos) Enquanto eu sentir forças, contem comigo. Mas sinceramente o Quim Barreiros, qualquer dia, acaba, porque os anos vão passando. Já lá vão 30 anos e atuei pela primeira vez numa queima em 1987/88.

“Há sempre tempo para tudo, por isso não o desperdicem.”

 ComUM: Qual é o conselho que gostaria de deixar aos estudantes minhotos?

Quim Barreiros: Como avô, o conselho que eu dou é que a malta estude para conseguir acabar o curso e que, para além disso, se divirta. Há sempre tempo para tudo, por isso não o desperdicem.