O XXVI FITU Bracara Augusta, Festival Internacional de Tunas Universitárias, iniciou-se, ontem, no Theatro Circo. A edição deste ano, inscrita no programa Braga 2016: Capital Ibero-Americana da Juventude, esgotou a sala de espetáculos bracarense.

Perto da hora de início do espetáculo, era bem visível uma mancha negra provocada pelos imensos estudantes universitários trajados que atraíam as atenções, à entrada do Theatro Circo. Nem mesmo os turistas que passaram na Avenida da Liberdade faltaram ao evento. Assim que souberam que se tratava de um espetáculo de tunas académicas, não hesitaram e caminharam a passos largos para a bilheteira, de forma a garantir o seu bilhete.

A primeira noite do FITU contou com as atuações dos anfitriões, a Tuna Universitária do Minho (TUM), da Tuna de Engenharia da Universidade do Porto, da Tuna de la Facultad de Derecho de la UNAM, da Desertuna e da Azeituna, tuna extra concurso.

O festival iniciou-se com a atuação da TUM, que desde logo arrancou aplausos à plateia e prometeu uma boa noite de espetáculo. Seguiu-se um primeiro momento de humor com o Grupo de Jograis Universitários do Minho. Depois deste, o humor aliou-se à crítica social, tanto nacional como internacional, com a intervenção de um membro da TUM.

O espetáculo prosseguiu com a Tuna de Engenharia da Universidade do Porto, que já não marcava presença no festival há alguns anos. Aproveitando a presença de uma tuna da américa latina, a TEUP apresentou o tema “Índio do Brasil”.

Depois da TEUP, foram introduzidos os mexicanos da Tuna de la Facultad de Derecho de la UNAM que soltaram os ritmos latinos no Theatro Circo e fizeram o público levantar das cadeiras para dançar. Os músicos do México aproveitaram o seu tempo em palco para elogiar a cidade de Braga e, lembrando que os portugueses gostam de tango, tocaram o tema “Bailar Contigo”.

Depois de uma pequena pausa, o espetáculo recomeçou com a Desertuna a ocupar o palco. Os estudantes da Universidade da Beira Interior fizeram uma apresentação intensa e sem pausas. O tema “Adamastor” foi aquele que arrancou mais aplausos à plateia pela intensidade da performance.

Coube à Azeituna fechar a primeira noite de música no Theatro Circo. Os “afilhados” da TUM aproveitaram para lembrar António Variações com uma sala inteira a acompanhar o som das cordas das guitarras.

A festa do FITU continuou no exterior do Theatro Circo. As tunas que tinham atuado mantiveram-se junto do recinto.

Em declarações ao ComUM, Joana Freitas disse que “cada tuna trouxe algo diferente e isso tornou o espetáculo muito rico”. Um turista de País de Gales afirmou, ao jornal, que aprecia muito esta tradição em Portugal e que “foi um gosto ver tantos jovens a fazer boa música”.

O XXVI FITU Bracara Augusta continua, hoje, com as atuações da Tuna de Medicina do Porto, do Tunadão 1998, da Tuna Magisterio Caceres e da Tuna Universitaria UNED de Ponferrada.